24 fevereiro 2010

Pôster de lançamento do livro Março



No dia 11 de Março de 2010, a partir das 9h, será realizado o primeiro lançamento do livro, na Escola Tenente Rêgo Barros. Para os interessados em adquirir um exemplar, o preço por unidade é de R$ 20,00.

Natália Menezes.

Obs.: Outros possíveis locais para lançamento ainda a serem definidos.

21 fevereiro 2010

Lamentos

O tecido úmido ocultava as danosas palavras, brancas e inexistentes. Torcendo-se o lençol azul céu claro, gotas escorriam pelos seus pulsos fragilizados. O dilúvio havia passado. Deixou para ela apenas restos - vestígios de destruição. Uma linha delgada se rompia a cada murmuro sem som. As paredes encharcadas cambaleavam, anunciando que em breve despencariam sem piedade. Ela precisava escapar do desabamento. Demorou a se pronunciar, pois olhos estavam presos, fixos na ruína. Feriu-se ao tropeçar nos cacos de vidro da janela fragmentada. Pele rasgada. Seu sangue escorreu, misturou-se com a água suja dando-a um aspecto encardido. Experimentou, então, o ardor de um corte profundo que custou a cicatrizar. Sua pele pálida se confundiu com o vazio do ambiente, mas suas mãos, molhadas de cor vermelha, destacavam-se entre os muitos que passavam por ela sem rumo. Encaravam-na sem cortejo. Pareciam querer-lhe golpear os demais órgãos. Franziu a testa involuntariamente e pode sentir o arder da vista. Suas pálpebras tornaram-se escorregadias, desprendendo ilusões. Torceu pelo término daquele dia. Quis mentir para sua razão, abaixou a cabeça, pôs as mãos no rosto e pendeu com todo o resto.

16 fevereiro 2010

Carnaval? É Pernambuco.

Frevo, bonecos de Olinda, vassourinhas, Elefante, Pitombeira, Galo da madrugada, (...).

Tenho uma espécie de orgulho da minha terra natal. Não por achá-la melhor do que as demais. Defino como uma afinidade bem forte, coisa de família mesmo. Admiro a empolgação e o brilho nos olhos com que os pernambucanos tratam o próprio estado. E o carnaval, então? Um dos mais bonitos do mundo. Tradicional, sem a necessidade para apelar a músicas de natureza vulgar, muito menos vestimentas. Coloridos na medida certa. Gravei todas aquelas marchinhas e frevos. Coisa de família MESMO. Bonito. Gostaria de estar em Olinda agora...

“Sempre ouvi dizer que numa mulher/ não se bate nem com uma flor/ loura ou morena, não importa a cor/ não se bate nem com uma flor./ Já acabou o tempo/ que a mulher só dizia, então/ xô galinha, cala a boca menino/ ai, ai, ai, não me dê mais não”

www.frevo.pe.gov.br

(+) Frevo? Aqui.

Wiki: O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do maxixe e da capoeira. Surgido no Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.

Suco? Água? O que você quer, hein?

Os humanos são criaturas difíceis. Você acha que ele quer água, mas na verdade ele deseja suco, porém permanece calado esperando que você adivinhe (como se fosse algum tipo de vidente). Creio que as palavras foram criadas para a comunicação, certo? Não seria mais "fácil" e evitaria maus entendidos se fosse dito "eu prefiro suco"?!

As palavras mau organizadas, utilizadas de qualquer modo ou até mesmo intencionalmente podem causar um enorme dano a quem as recebe. É claro, se este alguém souber interpretar a mensagem. Simples trocas de palavras com mesmo significado, mas com sutilezas de tratamento, provocam o afogamento de uma conversa. Quando não tornam-se facadas, ensanguentando os ouvidos e pensamentos do receptor.

É importante medir a combinação. Para quê transformar um chuvisco em dilúvio? Sinceramente. Sinceramente mesmo! Algumas pessoas não sabem como tratar as palavras, e se sabem, são ridículas o suficiente para provocar feridas em quem não lhe causa mal. Não despreze aquele que lhe oferece(eu) o ombro. Algumas pessoas, realmente, são inacreditáveis.

14 fevereiro 2010

Français, mon amour!

Le français est une langue romane parlée principalement en France; Amour is the French word for love, an intense feeling of affection.

Hoje é o dia "internacional" dos namorados, ou o chamado Dia de São Valentim (Valentine's day). Enviar cartões, caixas de chocolate, pelúcias, mensagens de telefone, canetas, cartas de amor... Há tantos presentes que podem ser criativamente modificados para dar um ar de originalidade ao produto. Aproveitem a data para presentear alguém, nem que seja com belas palavras. O dia serve tanto para amigos quanto para namorados, então...

Feliz dia de São Valetim, amigos.

Nota: Ano que vem tento escrever algo com a dita língua do amor, français.

10 fevereiro 2010

Ilustração Maluca


Não sei de onde surgiu essa idéia... Estava desenhando, para testar um novo programa que baixei (recomendação da Vanessa), e pronto (apareceu). Ficou até engraçadinho...

08 fevereiro 2010

Como dizia o poeta...

"Não há mal pior do que a descrença
Mesmo amor que não compensa
É melhor que a solidão(...)"

(toquinho e vinícius)

Joana andava toda arrebitada. Arrebitada andava em busca de um marido. E andava pelas ruas, ouvia assobios, mas não ligava. Que marido procurava Joana? A morena dos cabelos cacheados caídos sobre os ombros quentes não queria qualquer um. Qualquer um seria como escolher uma roupa aleatoriamente. Joana não escolhia suas roupas aleatoriamente. Passava horas e mais horas experimentando diversas combinações de calças e blusas. E quando escolhia, saía de casa em busca de um marido. Joana queria casar. Casar com quem? Joana não sabia, mas que queria casar... Ah! Isso ela sabia e sabia até demais.

05 fevereiro 2010

"H" de Humberto.

Humberto Tarciso Valentim dos Santos: é assim que consta na carteira de identidade, na certidão de nascimento, nos convites da reunião de pais da escola, na toalha de banho azul felpuda que mamãe mandou bordar, no cartão de vacinas e nas outras muitas identificações que já não lembro. Uma vez perguntei por que meu nome havia de ser tão grande. Na realidade recebi três nomes e um sobrenome. Sobrenome do meu pai, muito orgulhoso por tê-lo, “Santos”. Não ligo muito para a sonoridade do “Santos” e o acho um tanto comum. Conheço cerca de dez pessoas que possuem o mesmo sobrenome e não vejo empolgação por portarem-no dentro da carteira. Já os três nomes próprios que foram me dados... Nunca compreendi por que diabos eu teria três nomes. Três e não um. Ou dois “quem sabe”. Mamãe disse “meu filho, seu nome foi uma escolha difícil”. Papai continuou “Tarciso foi uma homenagem ao seu avô paterno já falecido”. Mamãe não querendo perder a vez pôs-se a falar novamente “Valentim significa saudável, forte, valoroso”. “E Humberto?” questionei. Fui completamente ignorado, talvez eu fosse invisível ou minha voz tenha falhado, pois o telefone tocou e a porta da frente falou alguma coisa que eu não compreendi. Sei que vi meus pais ocupados com seus afazeres. Mamãe devia estar conversando com alguma vendedora de produtos naturais, visto que a porta estava entreaberta, permitindo que ela colocasse apenas o rosto para fora. E se fosse amiga íntima, a porta seria aberta num instante e as duas estariam sentadas no sofá fofocando sobre as últimas notícias locais, ou sobre a novela, tanto faz... Já meu pai... Bem, ele tinha ido atender ao telefone. Calculando o tempo de demora acredito que tenha se entretido com algum livro de contabilidade. Sim, meu pai era contador. Ou advogado? Acho que os dois. Não ouso perguntar sobre a profissão dele. Seria desgastante demais passar a tarde inteira ouvindo-o falar, sem pausas, enquanto me cobriria com livros pesados ao jogá-los no meu colo. Isso tudo com um propósito, claro! Incentivar-me-ia a seguir uma carreira na mesma área. Voltando para o detalhe que ronda meu nome... Humberto. H.T.V.S. Um carimbo com a sigla das letras iniciais dele ficaria bem bonito. Evitei questionar posteriormente sobre o meu primeiro nome, aliás, eu até que simpatizava com o “H”. Pelo menos não era nem o primeiro e nem o último nas listas de chamada organizadas por ordem alfabética.

04 fevereiro 2010

Todo um processo...

O processo de publicação autônoma de um livro é cansativo. Talvez nem tanto quanto o dos pedreiros, que carregam sacos de cimento nas costas, mas ainda sim exige a disponibilidade de tempo. O primeiro passo é escrever, ter algo para publicar, pois idéias, e somente idéias, não são nada palpáveis. Entretanto, passando para a segunda etapa, tendo o material digitalizado em mãos, caso você não seja um expert na língua portuguesa, formado em letras, com outros atrativos, conhecimentos além da própria graduação fica “complicado” apoiar-se apenas em sua própria revisão. Desta maneira é preciso também “arranjar” um revisor. No meu caso dei sorte de conhecer pessoas competentes que se ofereceram a me ajudar.

Dispondo de um revisor, livro concluído... E agora? Agora vem a parte burocrática da “coisa”. Não adianta querer publicar um livro e desejar ser reconhecido por seu trabalho se você mesmo não o valoriza o suficiente para garantir que tenha uma codificação única, registro na biblioteca nacional... Pensei por algum tempo antes de preencher todos os dados necessários para o cadastro de “editor autor”. Desconfiei da importância no meio literário destes dados por desconhecer o ambiente em questão. Escrever não é difícil, escrever algo digno de ser lido sim. Enquanto o meio literário, como qualquer outro, está entupido de porcarias não gostaria de fazer um trabalho pela metade. Publicar sem certificação da existência da minha publicação. Seria como ter um filho e não registrá-lo no cartório.

Então, preenchi os cadastros, xeroquei os documentos necessários, comprei envelopes tamanho ofício (pois a4 havia acabado), anotei o endereço, fui ao banco pagar pelos serviços (fiquei esperando quase duas horas para ser atendida), andei até o correio mais próximo debaixo de um sol escaldante, sob ameaça de chuva, para dar encaminhamento a documentação para a fundação da biblioteca nacional...

Recebi uma resposta da gráfica... (essa parte fica em “off” a menos que alguém se disponibilize para me patrocinar, alguém?)

Enfim. Os dados foram enviados e agora só me resta esperar pelo retorno. Tomará que eu não tenha esquecido nada do que foi pedido senão será um atraso a mais para a data de publicação, prevista para Março.

Quer publicar um livro? Pense ($) muito bem... Brincadeira. Vale à pena. Depois de todo o esforço ter em mãos algo seu, arrumadinho, encadernado, com capa bonita... Mas estes sentimentos devo descrever quando "ele chegar".

03 fevereiro 2010

Dias de Glória - Capítulo 1

Na "onda" de publicar meu "primeiro livro" resolvi que seria interessante disponibilizar para download o primeiro capítulo do primeiro primeiro livro que escrevi. Eu tinha uns 15 ou 16 anos por aí... Trata-se de uma aventura, uma história "fantasiosa", com ambientes e personagens imaginados.

Então, eis aqui o link para visualização e download.

Primeiro Capítulo - A Missão

Post Editado: Coloquei uma capa que criei recentemente para deixar o post mais ilustrativo e, consequentemente, mais atrativo também.

01 fevereiro 2010

Uma visão do futuro?

Ano passado quando estive prestigiando a Feira do Livro que aconteceu no Hangar no mês de Novembro um senhor já de idade, não tão avançada assim, aproximou-se de mim e da minha amiga para recitar uns tais poemas. Disse ele que cada pessoa tinha um poema de acordo com a data de nascimento. O curioso é que os poemas, não riam de mim, comparados com as nossas vidas se assemelhavam bastante. E lembrando daqueles filmes de terror, suspense, ficção, etc. esses velhinhos, ou não tão velhinhos assim, surgem para emitir algum aviso e geralmente são alertas de perigo. Porém, ele virou e disse que eu era uma pessoa cheia de idéias em mente e que precisava aprender a externalizá-las. Talvez não exatamente com essas mesmas palavras, mas foi algo bem próximo. Isso fez-me pensar nos dias que seguiram... depois esqueci. No entanto, hoje eu lembro muito bem daquele momento. Pode até ser ilusão ou comparação de coisas que não tem ligação alguma. De alguma maneira sinto que ele estava correto em sua afirmação, mesmo que pareça clichê para alguns de vocês. Ele não disse a minha amiga a mesma coisa... e do mesmo modo foi compatível com a realidade. Algumas pessoas realmente são "diferentes". Será que ele conseguia enxergar o futuro pelo simples fato de ter já presenciado diversas experiências de vida?

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...