A festa na beira-mar de Olinda foi bonita. A banda chegava contagiando o local com aquelas famosinhas marchas de carnaval pernambucanas. As pessoas saíam de seus apartamentos, casas e das barraquinhas que haviam montado para prestigiar a euforia da chegada de uma nova década. Alguns acompanhavam a banda de uma extremidade a outra da orla. Outras paravam na rua apenas para observar a felicidade do balançar dos corpos. Definitivamente era uma festa digna de boas lembranças.
O primeiro dia do ano nos remete à todos os outros 365 dias que estão por vir e nossos objetivos para os mesmos. Criamos uma série de espectativas ao trajar vestes brancas, pular ondinhas e golar do champagne cheio de espuma. É natural que nos sintamos prontos para enfrentar novos obstáculos, afinal, somos os heróis de uma nova época. Mas é curioso também que já pela metade do ano esquecemos daquelas promessas e perspectivas de futuro colecionadas em um álbum "virgem" de retratos e ficamos à espera do outro próximo ano para nos dedicarmos a novos planejamentos como se o resto do caderno já usado não mais servisse, mesmo tendo ainda metade das páginas sem rabisco algum que defina o que ocorrerá nos próximos seis meses. Então, espero que este ano seja realmente diferente e que aos seis meses completo eu não deseje seu fim, pois seria o mesmo que desejar que minha vida passasse mais rápido e que eu evitasse olhar para a mesma. Acho que próximo ao completar vinte anos (tudo bem que é só em Dezembro então ainda falta um ano praticamente) sinto que duas décadas é muita coisa e é preciso saber viver e aproveitar esses 365 dias sem distinção acreditando que cada um deles é uma página em branco e não apenas o primeiro dia do ano.
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