Assim dizia o palhaço tentando atrair o público ao seu estabelecimento empobrecido de beleza mas cheio de vigor. O tempo que me era preciso não foi motivo suficiente para que eu ignorasse o anúncio caloroso e continuasse a caminhar em direção as minhas cotidianas e corriqueiras atividades.
Num primeiro momento não compreendi o que aquele pobre homem buscava - certamente não teria êxito - pensei. As pessoas não pareciam se importar com as chamadas, continuavam a seguir seus caminhos como se fossem surdas. Talvez aquele movimento fosse tão comum que não atraía mesmo a atenção de mais ninguém.
Era notável o olhar do pobre homem tentando encontrar forças para continuar sorrindo... Apesar da minha sensível percepção de alguns comportamentos, jamais eu poderia sentir o que aquele senhor sentia. Suas experiências de vida eram bem diferentes das minhas, é claro, e provavelmente por trás de toda aquela maquiagem colorida havia rugas e um olhar preto e branco do mundo...
É possível também que eu estivesse errada, quem sabe? Nunca tive a coragem de me aproximar dele e perguntar sobre o real motivo de tudo aquilo, toda aquela alegria forçada se eu mesma não conseguia enxergar mobilização externa nenhuma.
Apenas sei que os cinco longos minutos que fiquei observando atentamente o suor purpurinado escorrendo pelo rosto do pobre homem alimentando um sorriso persistente me fizeram crer que cada vez mais somos pontos disassociados, distantes, distintos que não se misturam que não vivem, apenas sobrevivem a uma falsa realidade esquecendo o que é mais importante da vida, não um jogo de interesses ou corriqueiras situações de engrandecimento egoísta e mesquinho, mas sorrisos sinceros e ainda mais um olhar diferente reflexivo e com esperança...
Num primeiro momento não compreendi o que aquele pobre homem buscava - certamente não teria êxito - pensei. As pessoas não pareciam se importar com as chamadas, continuavam a seguir seus caminhos como se fossem surdas. Talvez aquele movimento fosse tão comum que não atraía mesmo a atenção de mais ninguém.
Era notável o olhar do pobre homem tentando encontrar forças para continuar sorrindo... Apesar da minha sensível percepção de alguns comportamentos, jamais eu poderia sentir o que aquele senhor sentia. Suas experiências de vida eram bem diferentes das minhas, é claro, e provavelmente por trás de toda aquela maquiagem colorida havia rugas e um olhar preto e branco do mundo...
É possível também que eu estivesse errada, quem sabe? Nunca tive a coragem de me aproximar dele e perguntar sobre o real motivo de tudo aquilo, toda aquela alegria forçada se eu mesma não conseguia enxergar mobilização externa nenhuma.
Apenas sei que os cinco longos minutos que fiquei observando atentamente o suor purpurinado escorrendo pelo rosto do pobre homem alimentando um sorriso persistente me fizeram crer que cada vez mais somos pontos disassociados, distantes, distintos que não se misturam que não vivem, apenas sobrevivem a uma falsa realidade esquecendo o que é mais importante da vida, não um jogo de interesses ou corriqueiras situações de engrandecimento egoísta e mesquinho, mas sorrisos sinceros e ainda mais um olhar diferente reflexivo e com esperança...
Escrita envolvente, como sempre :)))
ResponderExcluiré, sabe, às vezes uma nova experiência nos chama mas ignoramos porque temos "mais o que fazer". Vai saber como teria sido nossa vida com ela.