29 fevereiro 2012

Morar sozinha.

A casa dos meus pais é um tanto espaçosa para uma única pessoa. Não faz muito tempo que comecei a morar sozinha, porém já consigo enxergar muitas mudanças de hábitos. As responsabilidades, sem dúvida, aumentaram. Agora é preciso programar meu cérebro para estar atento a tudo que envolve a moradia e suas obrigações. Além de me serem reservadas carinhosamente todas (ou pelo menos a maioria) das atividades domésticas. Talvez eu pareça um pouco diferente, mas até que gosto destas obrigações. No fundo estou trabalhando para mim e por mim. Manter a casa limpa é algo que me deixa vaidosa. Até porque nas condições atuais se eu não fizer, ninguém fará. 

Resfriado

Oh resfriado! Resfriado enjoado que não me larga o corpo. Esquenta minhas narinas, esquenta meu todo. Dá-me calafrios tremendos. Calafrios em cidade vaporosa não é boa coisa, não. Seca a garganta e fecha o pulmão. Culpa os bons dias de folia: a chuva, o sol e a poesia cantada por multidão. Ruas largas e estreitas, ruas cobertas de alegria. Alegria de pessoas, que acompanham a orquestra passar, com uma cachaça na mão.

25 fevereiro 2012

Na mistura colorida da massa

Passei os últimos dez dias no estado pernambucano. Foi a primeira vez em muito tempo que passei o carnaval lá, mas muito tempo, eu provavelmente devia ter menos de cinco anos. Isso é, foi na época em que eu morava no Recife. Depois como mudava de cidade e o carnaval coincidia com período de aula, acabou que eu passei esse tempo todo sem brincar na terra do frevo.

Então, quando me surgiu a oportunidade de ir este ano, não poderia perder! Fui, fui e já estou de volta. Sem dúvida é o melhor carnaval do meu Brasil. Claro que há uns pinguinhos de orgulho porque sou pernambucana, mas de fato é uma mistura muito rica de ritmos, cores, pessoas etc. É um carnaval que conserva um tanto da tradição pernambucana, mas não deixa de inovar. Muito bonito mesmo.

Eu já conhecia os frevos canção, e outros. Lembro-me de quando criança meus pais colocarem os cd's de frevo do Almir Rouche, Coral Mocambo, Alceu Valença e por aí vai. De maneira alguma me senti dispersa, entrei na folia como tivesse feito isto em todos estes anos. Sou apaixonada pela minha terra. Cultura é o que há. Tenho certo preconceito com outros carnavais pelo forte apelo sexual e violência nas canções. Essas modinhas temporárias não me atraem nem um pouco. 

Ano que vem estarei pelas ladeiras de Olinda novamente. Dançando o frevo, cantando e fantasiada! (Dei bobeira não planejar alguma coisa, mas não perdi o pique por conta disso.)

13 fevereiro 2012

Solitude

A pausa não mais me tortura. A consolidação mental de um término concreto fez com que a reflexão racional dominasse a profunda tristeza. Meu rio de águas turbulentas acalmou seu curso, e há algum tempo tenho aceitado que um dia ao fim chegará. Nada sobrevive por muito tempo se não houver perspectivas e anseios comuns. Somos facilmente ofertados alternativas de consolo. Não que este seja o motivo de meu abandono, pois não. Tenho encontrado na solitude a despreocupação que foi-me furtada. Meu desejo não é suprir a ausência do descompromisso com a presença simbólica de um outro alguém. Sei bem que este é o momento de desprender dos sonhos tolos. A chuva haverá de levar consigo todas as memórias que eu hesitarei em relembrar por algum, possivelmente prolongado, tempo.

01 fevereiro 2012

Mudar é preciso.

Resolvi mudar novamente a cara do blog. Agora com uma escolha de cores mais rústicas e um aspecto mais fechado e precioso é que intenciono continuar minhas postagens, sempre que houver algo a ser dito, claro. Estou com algumas dificuldades quanto a escrita, parece-me que vivencio um período infértil. Mas, quem sabe nos próximos dias isto não há de mudar, né? Por enquanto vou me dedicando a leituras de meu agrado...

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...