29 janeiro 2014

Um ano

Ela acordou com uma sensação de responsabilidade. Percebeu que tinha completado um ano de namoro. Um ano que pareceu ter passado rápido aos seus olhos, mas que lhe trouxe demasiadas mudanças positivas. Um ano numa relação estável, e muito importante citar: saudável (como seu amigo já havia mencionado). Olhava para um ano atrás lembrando do desespero que sentia quando finalmente decidiu virar a página. Mas, mesmo com uma aperto no coração, ela virou. Muitas vezes sentiu-se perdida em pensamentos, com muitos medos, medos de muitos planos. Mas ele estava lá de mãos postas, e mesmo sem querer estar, ficou. Ficou um mês, dois meses, três... quatro, cinco, seis... e continuou ficando. Oferecendo ombros e ouvidos, ele quis ficar. Sabia no fundo que ela precisava de ajuda, e de coração quis ajudar. Os primeiros seis, sete meses foram um misto de querer e não querer estar. Embora esta dualidade existisse os momentos que propiciaram uma separação foram anulados, ora por um, ora por outro. O motivo não fazia, como não fez diferença. O que significou foi o continuar. Assim, continuaram.

Ela acordou, ele estava lá, e sempre esteve, mesmo quando ela não queria que estivesse. Ele estava lá. Estava lá quando ela caía em choro denso, quando ela não sabia o que fazer. E o mais importante, nunca negou sua presença, nunca deixou de responder aos chamados dela e nunca a quis fazer chorar. E se fosse possível evitar, ele o teria feito. Ela sabia disso. E mesmo com a cabeça afetada pela carga emocional que trazia consigo do passado, ela sabia que ele gostava dela genuinamente. Doía pensar que poderia machucá-lo, pois quem já amou sabe o quanto doí o sofrimento.

O relacionamento deles era tão improvável que quando começaram a namorar causaram grande espanto a todos. Surpreenderam aos outros e a si mesmos. Os dois eram tão parecidos, e ao mesmo tempo tão diferentes. Tinham gostos semelhantes por filmes, séries e alguns livros. Tiveram a oportunidade de descobrir em um ano o que cada um gostava. E foram apreciando a presença um do outro.

Arrisco-me a dizer que ele possa tê-la ajudado a encontrar em si um sentido para sua própria existência. Mas somente ela e o tempo poderiam confirmar. 

27 janeiro 2014

Let me go - Avril Lavigne


I'm breaking free from these memories
Gotta let it go, just let it go
I've said goodbye set it all on fire
Gotta let it go, just let it go

18 janeiro 2014

Livro: Mahabharata

Terminei a leitura do livro Mahabharata de Krishna Dharma. Confesso que quando ouvi pela primeira vez falar do livro pensei que fosse uma leitura difícil e cansativa, entretanto me enganei. Li os dois primeiros capítulos na própria livraria e logo resolvi comprar. Um grande motivo pelo qual influenciou a minha busca por tal tipo de literatura foi quebrar alguns preconceitos. Acredito que há dois tipos de pessoas: as religiosas e as não-religiosas. Seus motivos podem ser os variados. Encontrava-me, ou ainda encontro-me, no segundo grupo. Porém uma curiosidade despertou-me para pelo menos buscar conhecer o que dizem as diversas religiões. Afinal, assim como muitos dos que se dizem não-religiosos, não havia procurado com afinco até então entender ou saber o que de fato tais conhecimentos dizem. Não irei me prender a comentários sobre pessoas religiosas ou religiosidade, pois o objetivo deste post em específico é comentar um pouco do que li no Mahabharata e o que julguei interessante ou importante, embora eu não vá me prender a tantas informações para não se tornar desgastante. Já que para o leitor interessado lê-lo seria bem mais útil. 

Como comentei num dos primeiros post deste ano, o Mahabharata trata-se de um épico religioso da literatura antiga da Índia. Por meio de histórias de reis, religioso, deuses, o livro transfere ideais e ensinamentos bastante interessantes e no mínimo dignos de atenção. A história começa com um rei, Pandu, que afastou-se da cidade em que reinava, Hastinapura, devido a uma maldição. Pandu teve cinco filhos (de criação, pois devido a maldição não poderiam tê-los) que em ordem de nascimento são: Iudístira, Bima, Arjuna e os gêmeos Nákula e Sahadeva. Esses cinco filhos eram homens abençoados cujos pais são na realidade deuses: Darma (deus da religião), Vayu (deus dos ventos), Indra (rei dos deuses) e Aswins (deuses gêmeos, médicos celestiais), respectivamente.

A história toda retrata cenas de intrigas dentro de uma família, entre os filhos dos deuses, chamados de pândavas, e os seus primos - filhos do irmão de seu pai (Pandu), Ditrarastra - os kurus, em especial o mais ganancioso, invejoso e egoísta, Duriódhana. Em poucas palavras, Duriódhana passa a história toda competindo com os primos, pandâvas, desejando suas desgraças. Em contrapartida, consequências são esperadas, pois atitudes desvirtuosas levam a miséria, sofrimento e morte.

Uma das minhas citações preferidas do livro que deixo como reflexão (ou não) é:
"A coisa mais maravilhosa (que existe) é que, embora todos os dias inúmeras pessoas viajem para morte, o homem sempre pensa que não morrerá."

Para quem tiver se interessado, comprei a obra na Livraria Cultura.

16 janeiro 2014

Ordinary Love


Ordinary Love é o nome do novo single do U2 para trilha sonora "Mandela: Long Walk To Freedom". Fiquei fascinada pela música, melodia, desde a primeira vez em que ouvi. Busquei várias vezes em diferentes fontes (as quais não citarei aqui por questões óbvias) para fazer o download da música e até que enfim, hoje, consegui encontrar um meio ativo. Estou feliz e ansiosa pelo lançamento do próximo álbum (da minha banda preferida) que segundo a matéria divulgada no U2BR.com deve ser em Junho deste ano. Quem estiver interessado em ouvir a música pode encontrar o vídeo no youtube (Ordinary Love - U2). Uma coisa eu posso afirmar com certeza: A música é viciante!

15 janeiro 2014

O que há?

Chega um dia em que nossos sentidos se desligam e começamos a viver por inércia. Um dia em que não sabemos definir o que há de errado ou que não tenhamos coragem de enfrentar a realidade. Tudo, ao mesmo tempo, parece tão confortável e sem sentido. Uma sensação boa invade, anima, faz sorrir. Outra nos suga a empolgação, queima a pele e perfura o coração. Nos contentamos em viver de máscaras, passeando pelo tempo em busca de nós mesmo, e quando cansamos simplesmente deixamos "pra lá". O que há de tão errado nas belas flores de pétalas tão vivas e coloridas que não tem cheiro algum? O que há de errado no mar que se desmancha na areia da praia sem fazer som algum? O que há de errado no chocolate que gruda no céu da boca sem trazer o doce? O que há? Perdemos muito na vida. Perdemos principalmente a felicidade de nós mesmos. Saímos em busca de respostas a perguntas que não queremos nos fazer. É difícil conceber verdades. Ainda mais quando estas verdades nos fazem perder. Mas sem concebê-las acabamos nos perdendo de nós mesmos.

10 janeiro 2014

Livros para ler em 2014

Boa noite, caros leitores!

Resolvi hoje falar um pouco sobre livros e leituras que pretendo realizar neste ano. Vi a tag "12 livros para ler em 2014" amplamente difundida por vários vlogs literários e achei que seria uma boa postar algo sobre. Levando em consideração que não possuo vlog algum, cá estou. Aliás, este post se torna muito especial neste momento, pois voltei a dedicar um tempo a leituras diferentes das da academia (lê-se universidade - algumas pessoas poderiam confundir, sei lá...). 
Então, sem mais rodeios, minhas pretensões de leituras para este ano são as seguintes:

O Silmarillion - J. R. R. Tolkien
Iniciei a leitura de O Silmarillion ano passado, mas pela densidade de informações acabei pausando várias vezes de tal forma que não consegui concluí-lo ainda, embora este seja um livro fantástico que conta a origem da Terra-Média e de seus povos. Seria a origem do mundo, a mitologia e outras histórias que antecedem O Senhor dos Anéis e O Hobbit. 

Coleção Jogos Vorazes - Suzanne Collins
Este é um livro, ou melhor, coleção de livros que desde que assisti o primeiro filme tive a intenção de procurar por mais informações com a leitura. Entretanto, ainda não comprei os livros. Dei uma lida rápida em algumas páginas do primeiro capítulo na internet e achei a escrita bastante atraente. Decidi até que não assistiria o segundo filme sem antes ler os livros. E isto também vale para o terceiro filme que tem previsão de estréia para este ano. São três livros.

Mahabharata - Krishna Dharma
Estou atualmente lendo em paralelo com outro livro. Este é um livro o qual pretendo escrever uma resenha ou alguma coisa semelhante após o término da leitura. Trata-se de um épico religioso da literatura antiga da Índia, considerado um clássico. A leitura também é muito agradável.

Regras para direção do espírito - René Descartes
Após a leitura de O Discurso sobre o Método do mesmo autor, resolvi buscar mais conhecimento escrito deixado por ele. Como são livros de "estudo", não propriamente uma literatura de entretenimento, a leitura é um pouco mais delicada e leva bastante a reflexão. Também pretendo escrever sobre o autor em algum momento. É o livro que estou lendo atualmente junto com o Mahabharata.

Auto-biografia científica - Max Planck
Outro livro que pretendo ler e que parece-me bastante útil (mesmo que em termos de informação) como estudante de pós-graduação em física.

A culpa é das estrelas - John Green
Ouvi falar muito bem do livro e do autor. Li a sinopse, soa um tanto dramático, mas estou curiosa para conferir se é tudo isso que dizem que é. 

Box Sherlock Holmes - Arthur Conan Doyle
Coleção composta por todos os 56 contos em 5 livros. Li todos os romances, mas sou muito fã do personagem e é um tanto ruim achar em pockets todos os contos (sem repetições). Primeiro preciso da edição de colecionador, rs. 

Algum livro do Stephen King. Não decidi que título ainda, mas dos filmes que assisti baseados nos livros do autor gostei de todos. Achei muito bom a trama de terror psicológico. Não sei se todas as histórias são assim, mas também devo dar uma conferida em pelo menos um dos títulos este ano.

Por último, como ainda não sei título e muito menos autor, pretendo ler algum livro referente ao Judaísmo. Como podem perceber, estou lendo um livro associado a religião do Hinduísmo e há poucos dias terminei um referente ao Budismo Tibetano. Posso dizer que estou numa fase de ampliação da mente (ou tentando pelo menos) quebrando alguns preconceitos que tenho/tinha sobre religião. Vou provavelmente deixar o Cristianismo no final dessa lista pois é aí que o preconceito é mais enraizado. Minha motivação parte de uma curiosidade em saber o que cada uma delas diz a respeito da vida e da morte, e outros aspectos. 

Resolvi não numerá-las para não deixar a impressão de que seguiram tal sequência, mas se contarem são ao todo mais do que 12 livros (mais de uma unidade cada coleção). Intencionava postar 12 somente, mas como tem coleções e há livros os quais ainda não decidi sobre, está satisfatório desta maneira. Anseio ler outros também que não estão destacados, mas a fim de seguir o "desafio" da tag postei somente estes em destaque. Se até o final do ano eu conseguir completar este desafio, ficarei muito contente. Vamos nessa!

06 janeiro 2014

Dois mil e catorze!

Enfim, mais um ano começa. Como disse no post anterior: "Estou de volta!". Desta vez espero ficar por aqui por bastante tempo. Fico feliz por não ter desistido deste blog quando inventei de comprar uma hospedagem que acabou nem vingando. Dava um pouco mais de trabalho para postar e eu quase não tinha vontade de fazê-lo. Mas aqui no blog é diferente. Parece que como o tenho há bastante tempo, isso me inspira a escrever. Portanto, cá estou. 
Então, dois mil e catorze. Mudei o layout do blog para "reanimar" as coisas por aqui. Agora já estou com 23 anos, e muita coisa mudou. Às vezes me pego revendo posts antigos e não reconheço muitos dos textos que fiz. Isso é bom. Afinal, como dizia aquela famosa música daquele famoso cantor... "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante".
Tenho algumas novidades. Aliás, tenho muitas novidades se for contar desde meu último real post por aqui. Não sei se neste ponto é uma boa ideia fazer uma retrospectiva de quase dois anos (um ano e meio para ser mais precisa). Talvez seja melhor mesmo começar por dois mil e catorze. Daí como as coisas forem surgindo, e a medida que for necessário, posso rever momentos passados. 
Por hoje eu fico só com isso. O suficiente para mim.
Até breve (quem quer que leia isto).

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...