30 janeiro 2010

Março: As cartas que nunca enviei

"Arrisco-me a te apresentar algo que talvez já conheças, mas que foi uma novidade para mim..."
Por meio de uma narrativa em primeira pessoa o livro Março: As Cartas que Nunca Enviei conta uma história de amor mais próxima da realidade. A personagem principal escreve cartas destinadas ao homem amado na esperança de entendê-lo, justificando suas ações, relembrando momentos vividos juntos, exibindo seus sonhos e os pensamentos mais profundos.

Sim, por algum tempo estive trabalhando neste projeto pessoal e ainda estou. Afinal não é tão simples escrever, organizar a divulgação, fazer capa etc. Decidi que ficaria longe das editoras por enquanto, até porque é o primeiro livro que escrevo com a intenção de divulgar e creio que seria uma batalha muito difícil para conseguir uma editora nesse primeiro momento. Espero, porém, atrair algum público pela primeira porta que é a "capa" e depois pelo "conteúdo". Se isto acontecer, certamente, ficarei muito contente, pois o mais difícil depois da editora é atrair leitores, já que ultimamente as pessoas tendem a ter mais preguiça para ler seja qualquer coisa. E isso se deve as inúmeras facilidades de nosso tempo. Reconheço também que há quem destine um bom tempo para a leitura, mas vamos concordar que não é a maioria. Portanto, sintam-se a vontade para questionar qualquer tipo de coisa em relação ao livro.

Lançamento previsto para Março de 2010.


Informações:

Livro - Março: As Cartas que Nunca Enviei
Autora - Natália Menezes
Capa - Natália Menezes
Webdesign - Natália Menezes
Webpage: http://nataliamenezes.orgfree.com/marco_ascartasquenuncaenviei/
Comunidade Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=98194772

25 janeiro 2010

Sentaram-se na minha cadeira

Ando ocupada esses dias com um projeto pessoal além de outras atividades relacionadas a Universidade. Então é provável que me falte tempo e 'inspiração' para textos extras, porém caso apareça devido alguma circunstância eu retornarei a postar com mais freqüência por aqui. Afinal, meu blog é meu canto, minhas quatro paredes que não me mandam calar a boca (ou trancar as palavras). Por enquanto é isso. Uma ótima semana a todos que receberão esta mensagem pela leitura deste "trecho".

20 janeiro 2010

Quem deixou as luzes acessas?

Insônia é uma coisa realmente desconfortável. Já são dois dias em apenas uma semana... Ou será três? De qualquer modo me conserva, agora, um par de olheiras. A insônia me faz trabalhar de madrugada o que não é de todo ruim já que todos estão aconchegados em seus respectivos sonos, e, portanto, não fazem barulho permitindo que eu me concentre melhor. O ruim mesmo é a sensação de fadiga pela manhã após ‘acordar’ de uma noite mal dormida. Sinto como se meu corpo todo estivesse prestes a desabar como um prédio sem o sustento das vigas. Deito de lado, de bruços e de peito para cima, mas a inquietação é tanta que me sento na cadeira de balanço e ligo a televisão. O filme da madrugada acaba lá para as três ou três e meia. Meus olhos ainda estão ativos, prontos para assimilar qualquer outra coisa que venha aparecer na tela, mesmo que eu já tenha esgotado minha paciência com o último filme que, convenhamos, era uma porcaria. Foi tão fácil prever o final dele quanto o repeteco das novelas em que todos casam, tem filhos e são felizes para sempre e isso sem contar que os vilões milagrosamente se tornam pessoas boas, da água ao vinho sem se tornar vinagre, e ainda bebericam cutucando os tira-gostos na festa de casamento do mocinho e da mocinha. Lamentável essa insônia. Só contribui para que minha mente se encha de idéias absurdas e tristes também. É visto que quando estamos cansados, principalmente na eminência do sono, ficamos um tanto mais sensíveis e pequenas coisas se tornam grandes pensamentos que viajam, sem razão, pelas possibilidades mais trágicas. Apaguem as Luzes! Não suporto mais vagar sem rumo. Quero dormir! Até parece que é teimosia minha ficar acordada altas horas da madrugada enquanto todos estão dormindo. Não fosse por menos, invejo quando observo os demais com uma expressão pura, inocente e, principalmente, descansada, respirando automaticamente livre de qualquer congestionamento de pensamentos. Não vou tomar esse remédio, não. Já basta a quantidade de problemas que eu tenho, não quero me tornar uma viciada em remédios para dormir, calmantes ou sei lá o que. Parei de tomar café à noite quando a insônia se tornou pesada. Mas não creio que o café com leite tenha sido o causador dessa incomoda situação, pois caso fosse eu nunca teria sonos tranqüilos. Pego um livro da prateleira, livro muito bom, leitura gostosa. Meus olhos ardem de cansaço. Fecho o livro. Fecho também os olhos, mas mesmo cansados, fechados, lacrados com durex eles não se apagam. Cinco da manhã mais ou menos. Sei, não porque vi no relógio já que não ouso me levantar, mas porque já enxergo a manhã surgindo, parece que deseja me dar ‘bom dia’ primeiro do que aos demais. Lisonjeada? Nem um pouco. Esse ‘bom dia’ parece ser bastante irônico. Não ria de mim. Eu não riria de você se estivesse preso a um cansaço interminável. Seis, seis e quinze, seis e meia da manhã e já está claro. De manhã o dia parece mais ‘fresco’ do que de madrugada... Agora sim, finalmente! Jogo-me em cima da cama de qualquer jeito, lençol cobrindo parte de meu corpo como se tivesse sido jogado sem a intenção de cobrir, os pensamentos foram embora de uma vez e ouço apenas o ‘tic-tac’ do relógio despertador do lado da cama. Acompanho o ‘tic-tac’ sem noção de tempo e quando o ouço novamente vejo que se passaram seis horas, minha cara está amassada e as olheiras impregnadas debaixo de meus olhos.

  • Ao som de Jesus, Alegria dos Homens { Bachianinha nº 1 } - Toquinho e MPB4

18 janeiro 2010

- Mãe, Pai, Eu vou fazer Física!

A primeira, talvez, grande decisão que todo jovem tenha que escolher é a do curso que vai prestar para o vestibular. Não é tão simples como escolher entre catchup e maionese, mas não é o fim do mundo. A impressão que temos é que nós estamos decidindo todos os rumos de nosso próprio futuro, se vai dar certo ou não, em apenas alguns segundos que constam no preenchimento da ficha de inscrição para a prova do vestibular. Porém, ao ingressar na universidade começamos a enxergar as inúmeras possibilidades que são apresentadas pelo mundo, ou no mínimo, as oportunidades que o meio acadêmico pode oferecer. Há quem diga que certas profissões são destinadas a fracassados ou a pessoas com pouca perspectiva de uma vida com qualidade. Há quem diga também que há profissões que o tornarão milionário apenas por “portar” um diploma de ensino superior. As duas ideologias, particularmente a meu ver, são conseqüências de uma cega ilusão da realidade que descarta qualquer tipo de influência do ser pensante sobre a sua própria vida.

Quando decidi optar pelo curso de Física muito do que descrevi acima me foi dito com o objetivo de me “desviar” do caminho por mim escolhido. Quando decidi cursar Física eu não tinha a menor idéia de onde estava me inserindo. É claro, havia feito pesquisas sobre mercado de trabalho, grade curricular, perspectiva de salário etc. Mas nada do que pesquisei me mostrou realmente o que era fazer Física. Talvez eu estivesse procurando no local errado, pois somente a Universidade é capaz de mostrar a qualquer estudante de qualquer curso o que é de fato o curso. Desse modo, eu só vim descobrir o que era Física, e muito mais, o que era fazer Física, ser Física, quando eu ingressei no curso.

Não me decepcionei, pelo contrário, descobri que apesar de todos desacreditarem, há muito que fazer com um curso desses. Física é para quem ama Física e não para quem gosta como hobbie ou tem algum grau de simpatia. Uma das coisas mais belas do curso é quando você começa a enxergar que a Física não é uma mera ciência de livros que realmente as coisas são aplicadas. Quando você vê que seus estudos, e, principalmente, depois de páginas e mais páginas de conta, porque fazer Física, por certo ponto de vista, é fazer matemática com uma interpretação real, funcionam de acordo com a natureza. Isso é gratificante demais. Essa beleza não é qualquer um que sabe apreciar.

Como todas as verdades precisam ser ditas: é um curso difícil. Difícil, por quê? Exige que o aluno seja bastante disciplinado quanto aos estudos. Há disciplinas que de modo algum estudar de véspera irá funcionar, nem reza ajuda! Para quem acha que o vestibular é cansativo é porque não fez uma prova de métodos que para fazer cinco questões é preciso de pelo menos de três a quatro horas de prova sem intervalo para ‘pensar como resolver’. Mas não digo isso para assustar. É apenas uma das verdades. A outra verdade é que você aprende gradualmente todas as ferramentas que precisa para resolver os problemas mais complexos, ou seja, não adianta se descabelar ao ver uma equação mais elaborada como a famosa ‘equação de Schroedinger’ achando que é impossível aprender a resolvê-la. Com o tempo vai conhecendo mais e mais de modo que vai até achar simples algumas coisas que parecem ‘feias’.

Por fim dois mitos. Física não é, de forma alguma, coisa de doido. Não é só porque você não entende e não se esforça para entender que a Física seja a coisa mais difícil do mundo. É natural que por não ser um estudante de Física olhar equações “gigantes” e cheias de caracteres estranhos pode parecer muito difícil, mas não se engane... Se não entende é porque não tem as ferramentas necessárias para entender e se entendesse o curso de Física não existiria, pois as já pessoas nasceriam sabendo. E o segundo mito é “Nem todo estudante de Física é inteligente ou fazer Física não necessariamente demonstra inteligência”. Já ouvi muitos comentários de que quem faz Física é nerd, cdf, mas não é verdade. O Físico é uma profissão como qualquer outra, existem pessoas competentes e pessoas incompetentes. Não é só porque uma pessoa faz Física é que ela é inteligente. Se fosse por isso não existiriam tantos “quase-jubilados” na Universidade.
Espero ter expressado um pouco sobre idéias acerca do que é estudar a Natureza, fazer Física, ser estudante de Física. É claro que é muito, além disso, que escrevi por aqui, mas seria impossível descrever em poucas palavras a imensidão que o curso proporciona. Quem sabe um dia eu trate sobre a área de iniciação científica que ando envolvida. Um beijo para o Ramon que sugeriu este tema para o texto e um feliz aniversário para ele e para meu irmão hoje.
  • Ao som de This Way Out - John Pizzarelli.

17 janeiro 2010

Alice descreve "a paixão de Alice".

No momento em que olhei dentro de seus olhos quase negros minha vista foi se embaçando aos poucos e logo não consegui permanecer com as pálpebras levantadas. Seus braços me envolveram e quando suas mãos seguraram meu rosto com gosto fui tomada por uma longa e profunda respiração que me levantou os pêlos dos pés à cabeça. Insegura, naquele momento abri um pouco os olhos para certificar-me de que ele tinha entrado em sintonia com os meus pensamentos - seus olhos estavam fechados. Observei por alguns segundos a expressão de seu rosto – os traços estavam relaxados – e parecia esperar que eu desse o primeiro passo. Esperava-me sem contar o tempo que passava. A calmaria de seus olhos fechados me dizia que seus pensamentos rondavam à procura dos meus e quando nos encontrássemos já estaríamos em outro momento. Eu sabia exatamente o que fazer, sabia que o tinha em minhas mãos e que desse jeito ele desejava. Minha mocidade, sem muita experiência em relacionamentos, estava assustada. Mas acho que ele notou quando abriu de repente os olhos e fixou-os nos meus. Foi necessário apenas um instante - me perdi. Larguei todos os medos e inseguranças que podia ter até o momento. Senti seus batimentos cada vez mais pesados e freqüentes quando seus braços cobriam meu corpo e aqueciam meu peito. Dancei num breu, acordei num clarão. Quando meus olhos abriram novamente eu sabia - ele sabia - que nada seria, a partir de então, como fora antes.

  • Ao som de All of me - Richard Poon.

12 janeiro 2010

Ouvindo Nat King Cole

Em poucos segundos um fio vai tecendo uma linhagem de lençóis indo e vindo como notas musicais que eternamente permanecem em meus sóbrios pensamentos. São estas mesmas notas musicais que de vez em quando se deixam em latência esperando que eu as acorde num instante com um rápido e sutil peteleco. Mas em ocasiões especiais se põem firmemente em minha frente mostrando todo seu poder de invasão. O fio quando inacabado responde amargamente aos meus questionamentos do amanhã que ainda não veio e mesmo assim prefiro que não seja concluído, pois sei que no dia seguinte será o vai e vem novamente... E o vai e vem ou vem e vai sempre me abre o peito deixando as notas escaparem por um córrego por onde sigo com esperança.

And it's only a papermoon...

06 janeiro 2010

Desafios

A mudança sempre gera uma espécie de desconforto causado pelos receios do desconhecimento acerca do que há de vir a acontecer nos próximos dias, meses, anos... Não podemos ter cem por cento de certeza se fizemos uma boa escolha ou não, apenas precisamos agir afim de torná-la o melhor possível, pois acredito que um dos piores sentimentos é o arrependimento. E lá vamos nós mais uma vez...

01 janeiro 2010

2010, mais outra página em branco...

A festa na beira-mar de Olinda foi bonita. A banda chegava contagiando o local com aquelas famosinhas marchas de carnaval pernambucanas. As pessoas saíam de seus apartamentos, casas e das barraquinhas que haviam montado para prestigiar a euforia da chegada de uma nova década. Alguns acompanhavam a banda de uma extremidade a outra da orla. Outras paravam na rua apenas para observar a felicidade do balançar dos corpos. Definitivamente era uma festa digna de boas lembranças.
O primeiro dia do ano nos remete à todos os outros 365 dias que estão por vir e nossos objetivos para os mesmos. Criamos uma série de espectativas ao trajar vestes brancas, pular ondinhas e golar do champagne cheio de espuma. É natural que nos sintamos prontos para enfrentar novos obstáculos, afinal, somos os heróis de uma nova época. Mas é curioso também que já pela metade do ano esquecemos daquelas promessas e perspectivas de futuro colecionadas em um álbum "virgem" de retratos e ficamos à espera do outro próximo ano para nos dedicarmos a novos planejamentos como se o resto do caderno já usado não mais servisse, mesmo tendo ainda metade das páginas sem rabisco algum que defina o que ocorrerá nos próximos seis meses. Então, espero que este ano seja realmente diferente e que aos seis meses completo eu não deseje seu fim, pois seria o mesmo que desejar que minha vida passasse mais rápido e que eu evitasse olhar para a mesma. Acho que próximo ao completar vinte anos (tudo bem que é só em Dezembro então ainda falta um ano praticamente) sinto que duas décadas é muita coisa e é preciso saber viver e aproveitar esses 365 dias sem distinção acreditando que cada um deles é uma página em branco e não apenas o primeiro dia do ano.

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...