29 dezembro 2009

Vinte e oito de dezembro...

Completar dezenove anos me deixou com uma sensação estranha...

25 dezembro 2009

Minha janela, não.

A minha janela não tinha muito mais do que seis palmos de largura. Era uma janela de vidro que me possibilitava ver o cenário do lado de fora. Vendo de onde eu estava vendo podia-se enxergar três edifícios, duas casas, a cabeça de algumas árvores e uma rua não muito estreita ainda não-asfaltada e com terra seca devido ao incessante sol. O movimento da rua também não era lá essas coisas. Se não fosse pela tonalidade "alegre" do ambiente eu diria que o lugar era deserto. E de alguma forma parecia ser quando a monotonia não era quebrada com a passagem de algum ciclista ou carro pela paisagem que eu andara observando. E para falar a verdade... Nem tinha tanta graça assim. Se eu movimentasse meu corpo o cenário se modificaria aos poucos, dependendo da inclinação eu poderia perder toda a visão do local, ficado às cegas sobre o que poderia ocorrer. Mas ainda sim escrever sobre essa paisagem era a melhor coisa que eu poderia fazer no momento.

21 dezembro 2009

Vomitando palavras

Costumamos viver como se houvesse uma eternidade pela frente. Não faço a mínima idéia de onde surgiu essa comodidade humana de que as coisas podem ser adiadas. Sugiro que a resposta esteja na preguiça, quem sabe no medo ou na falta de noção da própria existência e das cegueiras que o mundo, a mídia, o mundo, provoca.

- É tão bom, não é?

Viver como se fosse imortal, adiando escolhas, adiando tudo simplesmente por não ser a “hora” certa de acontecer.

- E quando é que é? Pode me passar um calendário, por favor?

Como se houvesse uma seqüência lógica para vida e que ela não foge a rotineira e ridícula - isso mesmo, ridícula – idéia de que quem tentar fazer diferente é errado. Para alguns parece ser preocupação demais, mas pensar que somos vulneráveis talvez nos torne mais humanos para tratar os demais e a nós mesmos.

Utd - Parte I

Venho algum tempo, poquíssimo tempo, escrevendo o texto abaixo. A história já possui um título provisório, porém, afim de não apressar as coisas resolvir colocá-lo aqui como Utd que seria na verdade "untitled". Não há muitas reviravoltas, nem fortes emoções, até porque é um texto ainda incompleto, mas busco apresentar algumas situações rotineiras de uma garota que por enquanto também permanece sem nome. Enfim, sem mais demoras, gostaria que ao término deixassem comentários, críticas construtivas, se possível...

Utd - PARTE I

Acordei no meio da madrugada com as luzes do corredor já acessas e alguns resmungos de minha mãe que tentava acordar meus dois irmãos, no outro quarto, que ainda queriam permanecer dormindo. O céu ainda escuro me deixava com mais preguiça de levantar, mas sabendo que ela em breve bateria a minha porta não hesitei em pôr-me de pé. Não era a primeira vez que eu presenciava este tipo de situação acontecer, e se não fosse por eu ter vivenciado algo parecido mesmo antes diria que seria aquela estranheza que as pessoas chamam de "déjà vu". Eu já poderia prever quase todas as palavras que minha mãe diria nos segundos seguintes - Você já tomou banho? Comeu? Escovou os dentes? - e eu responderia - Já. Peraí. Já vou. Enquanto isso, meu pai certamente estaria levando as bagagens prontas para a mala afim de adiantar o "serviço" para que não atrasássemos os planos de horários da viagem que pelo que eu já conhecia das anteriores duraria cerca de dois dias, considerando que pararíamos para almoçar e dormir.
Desde que me entendo por gente as viagens costumavam funcionar assim: sempre aquele desnecessário estresse até que todos estivessem estabelecidos em seus assentos e o motor do carro em funcionamento. Naturalmente, eu fazia alguns planos para a viagem. Por vezes estes planos eram de ler algum livro, escrever alguma história ou mesmo só ouvir música. Mas querendo ou não, nenhum deles funcionava cem por cento. Ler era cansativo. Primeiro porque de madrugada era escuro, e segundo porque os balanços do carro e a iluminação do sol na cara geralmente me davam enjôos e eu não conseguia passar do primeiro capítulo. Quem dirá escrever com tantos buracos na estrada que faziam com que o carro ficasse balançando de um lado para outro e ao invés de palavras o que a caneta gravava no papel eram tortos traços o que me faziam perder a paciência e desistir do planejamento. Sendo que todas estas tentativas de fazer passar o tempo mais rápido eram conseqüências do término da carga da bateria do meu aparelho de música, dito "emepetrês". O irônico e até engraçado era pensar que mesmo sabendo de experiências anteriores que não daria certo eu continuava com a mesma tática de fazer o tempo passar rápido, isto é, quando eu não estava dormindo, e acho que esta sim é a mais eficiente forma de não "ver" o tempo passar.
A vantagem de se viajar de carro, saindo de madrugada, era poder ver a cidade dormindo, uma tranqüilidade. Poucos veículos circulando pelas ruas, sinalizações abertas para ultrapassagens, desde que com segurança também, é claro. Muito diferente do que costumamos observar dia-a-dia: horrorosas buzinas "zumzumzando" nos ouvidos, ciclistas na contramão, motoristas de ônibus enlouquecidos - só pode! - jogando o veículo para cima dos carros de menor porte achando que pelo seu tamanho tem o direito de "dominar" as ruas como se fossem de sua exclusividade e sem mencionar aquele calor que por força de expressão faria suar até os cabelos. Para quem apenas conhece as ruas de Belém quando estão adormecidas e nunca presenciou uma cena como esta na vida é capaz de se surpreender ao raiar do dia. Mas morar em Belém tinha suas vantagens. Eu não precisaria acompanhar o noticiário da manhã para saber das previsões do tempo - ou chove todo dia, ou chove o dia todo - o que me fazia sentir dotada de certo conhecimento empírico.
Quando pela segunda vez minha mãe voltou a me perguntar se eu já havia escovado os dentes, eu descia com a mala pelas escadas me apoiando no corrimão. A resposta para mim era óbvia, do contrário eu não estaria descendo com a bagagem fechada. Entretanto, para evitar conflitos num momento de estresse, já dito, desnecessário eu apenas respondi - Sim. Em poucos minutos a mala do carro já estava fechada, pronta, bagagens, isopor com as bebidas e gelo, sacos plásticos contendo os mais variados biscoitos e salgadinhos de pacote.

(...)

Peças

Parto-me em milhares de pedaços, me vêem como um quebra-cabeça incompleto. Aquele ser inútil sem qualquer funcionalidade que nem para ser apreciado serve. Minhas peças faltosas são as mais belas, que expõem exatamente a sincera imagem de minh’alma, que, entretanto, ainda continuam perdidas... Dependo de pequenos destroços de cores homogêneas sem identificação, uma borda obscura de alguém que não sou. E se não sou, os que vêem não enxergam. Aquele raio luminoso esqueceu-se de passar por mim, e se passou, não exatamente passou também. Provavelmente, perdeu-se em meio às peças perdidas, talvez a procura delas, mas nunca me encontrou. Meus dias, esquecidos em qualquer manhã ou noite, permanecem em pedaços incompletos de um grande jogo sem claros objetivos. Não mais aguardo, aguardei, me guardo para preservar ainda os pequenos pedaços de mim, pois não desejo seu fim - mofado em algum canto, desconhecido, fechado e úmido. Muitas já se incharam de chuvas... Muitas morreram. As secas... São elas chamadas de arranhadas, ímpares, e são, principalmente, as resistentes... As belas, que dirá delas... Seu encaixe perdido só será visto quando à sua procura forem realmente.

13 dezembro 2009

Tarde de Domingo

Consumo estes amargos minutos adocicados externamente com chocolate escrevendo por tantos outros que já se foram intimamente almejando que depois as mesmas palavras esculpidas sejam gravadas num eu inconsciente ausente de lágrimas e dor e que lá fiquem pela eternidade.
Sabe que escrever com fone de ouvido é como se a música estivesse dentro da mente...

12 dezembro 2009

Sete dígitos

Pedalar é como desobstruir um caminho vazio rumo às portas de um colossal mundo de idéias. Pedalar é muito mais do que uma simples ação mecânica dos músculos. É descobrir-se diante de um eu que não se conhece. Assim foi que minhas férias começaram... Como os meus vizinhos preguiçosos que só levantam de manhã para buscar o jornal do dia, eu perdia grande parte do dia deitada em cima da cama, afinal, tinha feito enorme ‘esforço’ durante o ano inteiro para me dedicar a alguns dias de ócio. Os primeiros dias eram maravilhosos. Passava as manhãs, tardes e possivelmente as noites também, com o controle remoto em mãos que me permitia com curtos movimentos alterar objetivamente a imagem projetada na tela que eu gostaria de enxergar. No último natal eu havia comprado uma televisão digna de se assistir filmes com a mesma emoção do cinema, era como se eu estivesse em tempo real no mesmo ambiente que os atores, além do fantástico som que ela emitia – só faltava ela conversar comigo – assim eu brincava. Normalmente eu já estava fazendo propaganda do produto quando meus familiares apareciam eventualmente para me visitar. Depois da primeira semana, a televisão já se tornara algo obsoleto para meus olhos, apesar da variedade de filmes, seriados e noticiários - chega uma hora que tudo isso cansa. Mas se não fosse a minha enorme falta do que fazer talvez eu não tivesse visto um comercial que certamente faria diferença dias mais tarde. “Venha participar da corrida de bicicletas...”, neste momento meus olhos estavam dispersos, pensando no que teria para o almoço já que a inércia era muita para me fazer levantar e preparar algo gostoso, então decidi que pediria a comida pelo telefone, domingo, muitos restaurantes abertos e principalmente com entrega grátis acima de um valor x. Talvez fosse até mais prático pedir comida para a semana inteira, mas seria abusar demais do meu cartão de crédito que já estava no limite do vermelho devido a compras que eu tinha feito dois meses atrás em uma inesperada viagem a casa de uns amigos. Quando voltei a atenção ao comercial vi apenas uma imagem da corrida de bicicletas do ano anterior, pessoas suadérrimas com roupas enumeradas pedalando em direção a uma linha amarela, e um número extremamente atraente que por sinal era o valor do prêmio do vencedor da corrida. Se não fosse por este número de sete dígitos, uma potência de seis, eu teria esquecido o comercial em poucos segundos, mas o locutor continuava insistentemente a comentar o valor “um milhão de dinheiros” – a parte dinheiros fui eu, só para enfatizar que o prêmio era em dinheiro quando liguei para minha mãe avisando que eu não iria passar o final de semana em sua casa porque precisava urgentemente aprender a andar de bicicleta. O que me fazia parecer uma criança perdida, já que na minha infância eu sempre inventara desculpas, das mais fajutas até, para evitar colocar os pés num pedal. Não me recordo direito porque eu negava a palavra bicicleta com tanta força, mas estou quase certa de que foi por histórias que me contavam sobre acidentes horríveis, cabulosos, tenebrosos envolvendo o veículo de duas rodas. Quem sabe ainda existisse esperança para mim? Entretanto, disposição para aprender, hoje, não me faltava e ainda mais com aquela motivação em particular de sete dígitos de dinheiros que me possibilitaria transferir os débitos do meu cartão que estava quase no vermelho para o verde. E como dinheiro nunca é problema, se visse a calhar mais alguns tostões para apreciar um pouco mais dessa vida eu o faria evidentemente.

Budapeste

'Deveria ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira...'
Assim se inicia o romance de Chico Buarque chamado Budapeste (2003).

Quando decidi voltar a ler livros não-relacionados a Física não imaginei que fosse ser pega por este. Estive algumas horas vasculhando diversos e-books pela internet, pois minha pretensão era ler algumas páginas iniciais e se por ventura me agradasse eu iria juntar 'alguns trocados' e logo o compraria. Então foi desta maneira que encontrei 'Budapeste'...

Tenho uma grande admiração pelas canções do Chico Buarque, o modo como ele as compõe e interpreta foram, de fato, fatores fundamentais para que eu me interessasse pelo seu trabalho. No entanto, eu nunca havia lido nada além do mesmo, pelo menos nada que eu me lembre, mas com certeza se tivesse lido lembraria.

Então, vamos ao que interessa! O autor, Chico Buarque, começa o romance em primeira pessoa, neste caso o nosso protagonista - José Costa. José Costa é um escritor anônimo e gosta de sê-lo - certamente ver outrem recebendo elogios por seus trabalhos é algo que lhe deixa bastante vaidoso. Este ponto em particular foi novidade também para mim, talvez por ingenuidade (quem sabe) nunca quisitei a idéia de escrever para outra pessoa se assumir como criador, mas, é claro, é uma possibilidade que existe e não creio que esteja tão distante...

O livro passa por rápidas mudanças de cenário e isso requer atenção durante a leitura, algumas vezes eu tive que reler para me situar bem na história, um desvio de atenção pode ser o início de um caminho de mal entendidos. Acho até que 'Budapeste' pela sua natureza diferenciada deve ser relido quantas vezes for necessário para se compreender e enxergar melhor o que o autor quer propor ao leitor. Digo isto por experiência própria que ao tentar escrever sobre o livro sinto que uma leitura apenas é tão pouco comparado ao todo, por isso não devo me estender e deixar em aberto os ínfimos detalhes para que um curioso leitor sinta-se instigado a procurar mais.

Para finalizar recorto um comentário em particular do Saramago sobre o livro:

Chico Buarque ousou muito, escreveu cruzando um abismo sobre um arame, e chegou ao outro lado. Ao lado onde se encontram os trabalhos executados com mestria, a da linguagem, a da construção narrativa, a do simples fazer. Não creio enganar-me dizendo que algo novo aconteceu no Brasil com este livro”.

Foto: Filme 'Budapeste', José Costa e Chico Buarque.

Para quem não gosta de ler (triste) ainda existe a opção do filme que também é ótimo! No youtube é possível encontrar o trailer.

09 dezembro 2009

Corda no pescoço?

Final de semestre é sempre um sufoco! Tô cheia de coisas para entregar: trabalhos, relatórios, dissertação, ..., além das 'provinhas'. Realmente estou torcendo para que isto acabe o mais rápido possível. Esta crescente agonia de se livrar de todo esse estresse e dormir em paz tem me deixado com mais vontade de ver 2010 chegar. Espero, no entanto, que tudo acabe BEM. Ou seja, que eu consiga organizar todos os meus afazeres sem deixar a desejar quanto a qualidade dos mesmos...

08 dezembro 2009

O mundo nos sabota.

Sábias palavras que editastes sem tinta alguma foram sendo escritas sobre meus lábios há muito tempo intocados e rapidamente tocados de amor. Quem dera eu pudesse conceber toda a experiência que sentia ao me afogar em teus braços, suados, cansados, mas ainda sim dispostos de paixão e desejo. Queria poder levar-te comigo a um deserto abrigo onde fossemos apenas eu e você, e o mundo distante lá permanecesse dentro de suas próprias amarguras e inseguranças, repleto de sentimentos indesejáveis, assim as terras infertéis não impediriam o futuro próspero de um sonho bonito. O nosso sonho. Sonho talvez mais desejado por mim do que por ti que neste mundo conhecido por ti há mais tempo o mundo o tenha sugado como sangue uma sanguessuga. Ainda corro com um semblante teu estampado no peito e que não cessa. E quiça cessará se me deixar...

06 dezembro 2009

Prenda-me a atenção.

"Venha conhecer o mundo: amor, paixão, alegria e suor purpurinado (...)"

Assim dizia o palhaço tentando atrair o público ao seu estabelecimento empobrecido de beleza mas cheio de vigor. O tempo que me era preciso não foi motivo suficiente para que eu ignorasse o anúncio caloroso e continuasse a caminhar em direção as minhas cotidianas e corriqueiras atividades.

Num primeiro momento não compreendi o que aquele pobre homem buscava - certamente não teria êxito - pensei. As pessoas não pareciam se importar com as chamadas, continuavam a seguir seus caminhos como se fossem surdas. Talvez aquele movimento fosse tão comum que não atraía mesmo a atenção de mais ninguém.

Era notável o olhar do pobre homem tentando encontrar forças para continuar sorrindo... Apesar da minha sensível percepção de alguns comportamentos, jamais eu poderia sentir o que aquele senhor sentia. Suas experiências de vida eram bem diferentes das minhas, é claro, e provavelmente por trás de toda aquela maquiagem colorida havia rugas e um olhar preto e branco do mundo...

É possível também que eu estivesse errada, quem sabe? Nunca tive a coragem de me aproximar dele e perguntar sobre o real motivo de tudo aquilo, toda aquela alegria forçada se eu mesma não conseguia enxergar mobilização externa nenhuma.

Apenas sei que os cinco longos minutos que fiquei observando atentamente o suor purpurinado escorrendo pelo rosto do pobre homem alimentando um sorriso persistente me fizeram crer que cada vez mais somos pontos disassociados, distantes, distintos que não se misturam que não vivem, apenas sobrevivem a uma falsa realidade esquecendo o que é mais importante da vida, não um jogo de interesses ou corriqueiras situações de engrandecimento egoísta e mesquinho, mas sorrisos sinceros e ainda mais um olhar diferente reflexivo e com esperança...

05 dezembro 2009

Mais uma criação...


...sem o menor sentido! E ainda por cima CEGANTE.

29 novembro 2009

Lâmpadas

Acendi as primeiras lâmpadas quando a noite chegou e o brilho da lua não era suficiente para iluminar meu cômodo. Mamãe sempre disse para nunca brincar com o interruptor, pois acelera o tempo de vida da lâmpada fazendo-a queimar mais rápido. Talvez a intenção dela não fosse mencionar sobre a utilidade da lâmpada ou sobre como ela funciona, e sim sobre uma preocupação “paralela” com o custo retirado de seus bolsos toda vez em que vai ao supermercado... Mas acreditar que estalos de energia são os motivos prévios de um fim imediato é como retirar o sorvete da boca antes mesmo de degustá-lo.

22 novembro 2009

Retrato - Fernando Anitelli

Depois de muito tempo fazendo apenas desenhos digitais voltei aos meus amados lápis grafite e produzi de pois de 6h árduas (risos, mas é verdade) um retrato do Fernando Anitelli de O Teatro Mágico. Até hoje acho que foi um de meus melhores trabalhos, tenho evoluído gradualmente, ainda bem.

Grafites (HB, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, Lápis Borracha, apontador, papel A3 Canson) é "tudo" que você precisa. Bueno!

18 novembro 2009

O Teatro Mágico em Belém

A poesia prevalece!

E assim se deu início ao primeiro “show” do Teatro Mágico na Cidade das Mangueiras, Belém, Pará. A espera longa espera, o sufoco para conseguir entrar ‘novamente’(extensa história que não me cabe contar no momento) na área vip, o calor... Mas tudo foi compensado quando por entre as cortinas surgiu ELE, Fernando Anitelli, tão encantador quanto se pode imaginar, com uma maravilhosa capa vermelha, fez sonhos se tornarem realidade quando sua mágica voz ecoou dando início ao espetáculo. Mágico, sim, demais!


Mesmo tendo prova de MMFT I no dia seguinte não pude deixar de conferir essa preciosidade e de tão perto! Não me arrependo por nem um segundo, nem pela voz rouca, nem pelo cansaço, nem por nada e por nada nem.

Foram tantos momentos de auge que nem sei por onde começar, talvez pelo começo, mas ainda sim é difícil descrever toda a emoção que é estar frente a frente com uma pessoa que passa uma energia tão boa, divertida, simpática, alegre, especial. Suas idéias, palavras, ações são bem marcantes, seus gestos, olhares e caretas com certeza vão ficar registrados na vida de cada um que soube aproveitar profundamente aquele belo momento.


Não pretendo me extender com os comentários, pois sei que poderia escrever tanto e falar tão pouco de tudo que vi, só posso resumir em uma frase: Uma noite mágica.

Foi o que eu precisava, um pouco de magia e teatro na minha vida...

14 novembro 2009

José Maria Filardo Bassalo



José Maria Filardo Bassalo nasceu em Belém do Pará no dia 10 de Setembro de 1935 agora é Professor Titular Aposentado do Departamento de Física da Universidade Federal do Pará - UFPA.

11 novembro 2009

XXVII Encontro de Físicos do Norte e Nordeste

O Encontro de Físicos do Norte e Nordeste (EFNNE) é um tradicional e importante evento científico no país, agregando potencialmente a comunidade de físicos e estudantes de Física das regiões Norte e Nordeste. Este ano estará sendo realizada sua vigésima sétima edição, de forma ininterrupta, caracterizando um marco histórico para a Física do Brasil, em especial, para as regiões Norte e Nordeste. Neste evento, as oportunidades de intercâmbio científico entre os membros desta comunidade, através dos trabalhos apresentados nos diversos formatos, das discussões dos grupos de trabalho e das plenárias de caráter político-científico, além das oportunidades dos encontros informais entre os participantes durante o evento, têm proporcionado um crescimento contínuo, fundamental para o aprimoramento e construção do conhecimento nesta área da Ciência.

http://www2.ufpa.br/ppgf/efnne.htm


Enfim começou...
Comentários acerca do evento no Domingo!

10 novembro 2009

Ilustração ou Tentativa.


Estamos novamente nos aproximando do Natal e este desenho foi uma tentativa de ilustrar um poema de um amigo, demorou um tempo considerável para fazê-lo, talvez não tenha sido exatamente o que o mesmo procurava, porém no final de contas gostei de fazê-lo.

Depois eu tento fazer algo melhor... quando estiver com mais tempo.

♫♪ Ao som de Toquinho e MPB-4 ~ Roda Viva.
(Nem sei mais quantas versões possuo desta música)

09 novembro 2009

FORTRAN

Program nmsc

open (unit=10,file='nmsc.txt',status='new')

write (10,*) 'Natalia'
write (10,*) 'Ainda nao ta funcionando...'

End

Até breve, mas não me espere...

Mama! Vou à França
Vendi o apartamento
Já comprei a passagem
Ninguém me alcança

Não chore por mim
Um dia quem sabe
Eu volte, enfim

Mama! Não há tempo
Cansei de esperar
Mais fácil agir ‘que aguardar
Limpe as gavetas - olha só o pó!

Não se chateie comigo
Sei que terei um sossegado abrigo
Por onde pretendo caminhar

Mama! À escuridão, não!
Abra as cortinas e empurre a janela
Dê um sorriso
E deixe o sol entrar.

Caricatura - Alessandra


Depois de muito insistir, fiz essa caricatura em homenagem à uma amiga ou (megs, como diz o Ramon).

08 novembro 2009

Exposição de caricaturas

Ainda sou nova no ramo das caricaturas, mas tenho gostado bastante principalmente da parte de colorir. Além do que as caricaturas tomam menos tempo para serem feitas do que retratos em grafite à semelhança quase idêntica do modelo. Isso acontece comigo... pode ser diferente com outros, claro. Então, eis aqui uma amostra dos trabalhos que venho fazendo:






Na seqüência as caricatura são: Marcelo, Abílio, Mateus e Thales.


01 novembro 2009

Bagunça minha.

Foto de Natália

Isto é música!

Mú.si.ca sf. 1. Ondas mecânicas que movem matéria. 2. Qualquer conjunto AGRADÁVEL de sons.

Tudo bem, esta primeira definição talvez não faça tanto sentido se você não conhece alguns conceitos de Física (ondulatória), mas o segundo certamente está no dicionário (risos).

Agora, ouvindo Louis Armstrong (e fazendo download de Nat King Cole). Para quem não os conhece... são dois nomes bastante conhecidos e admirados pelo público que ouve e gosta de Jazz.

Louis Armstrong
tem até músicas bastante conhecidas como "What a wonderful world" que particularmente eu amo, muito bela! Sem contar que a voz dele é bem distinguível...

Já o Nat King Cole conheci por meio dos álbuns do John Pizzarelli. Quase como se eu tivesse conhecido ambos ao mesmo tempo, já que o primeiro álbum que baixei do JP foi "Dear mr. Cole" (se não me engano). Ótimas melodias de fato.

E a wiki dá sua contribuição novamente...

Louis Daniel Armstrong (Nova Orleans, 4 de agosto de 1901 — Nova Iorque, 6 de julho de 1971), é considerado "a personificação do jazz". Com sua voz e sua personalidade indiscutivelmente inconfundíveis e até hoje conhecidas até por aqueles que não são aficcionados por jazz, Louis Armstrong é um dos maiores expoentes do estilo, tanto como cantor quanto por solista, com seu trompete.

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Coles, (Montegomery, 17 de março de 1919 — Santa Mônica, 15 de fevereiro de 1965) foi um cantor e músico de jazz norte-americano, pai da cantora Natalie Cole. Sua voz marcante imortalizou várias canções, como: Mona Lisa, Stardust, Unforgettable, Nature Boy, Christmas Song, "Quizás, Quizás, Quizás", entre outras, algumas das quais nas línguas espanhola e portuguesa.

John Pizzarelli, Jr. (6 de Abril de 1960) é um guitarrista, vocalista e compositor norte-americano de jazz nascido em Paterson, Nova Jersey. Ele é casado com a cantora Jessica Molaskey e é filho de Bucky Pizzarelli, lendário guitarrista de jazz. As influências da música brasileira, principalmente da bossa nova, são flagrantes no trabalho de John Pizzarelli. O artista já gravou dois álbuns inteiramente dedicados à música brasileira: Brazil (na verdade, um álbum de Rosemary Clooney em que ele toca e canta 4 canções), em 2000 e Bossa Nova, em 2004.

27 outubro 2009

Momentos produtivos...

...para o desenho.

Tenho estado bastante motivada a desenhar, só nesses últimos dias fiz 3 caricaturas, 2 figuras femininas, 1 autoretrato colorido com lápis de cor e outros retratos com grafite, um finalizado e outro em andamento... Estou feliz com os resultados apesar de que tenho tantas outras coisas além disso para fazer. Acho que me desconectei durante esses 4 dias que passaram, amanhã estarei de volta a minha Física.



Francisco Buarque de Hollanda, conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro.

20 outubro 2009

O mal do Excesso...

Há quem diga que um dia nós acordamos e nos deparamos com uma enchente batendo a nossa porta...

Semana passada, se não me engano, estive procurando sobre campanhas ambientais. É sempre bom sentir-se útil para alguma coisa... Ainda mais quando é algo que pode trazer benefícios para a comunidade mundial de um modo geral e principalmente para os demais seres vivos do nosso planeta.

Então encontrei um manifesto contra o uso abusivo de sacolas plásticas (aquelas mesmas sacolas que você traz consigo do supermercado, da farmácia, da padaria etc.) que muitas das vezes só servem para entupir os armários num primeiro momento até serem utilizadas ao léu sem a mínima consciência de que as mesmas, leves sacolas, entopem boeiros causando enchentes, poluem os rios, oceanos e provocando até a morte de alguns animais, que por desconhecerem acabam ingerindo confundindo com alimento e asfixiam-se.

E não somente isso, são dados assustadores o número de sacos plásticos que são adquiridos no Brasil apenas por cada hora do dia... Em média de 1,5 milhões! Imagina em 24h, 1 mês, 1 ano? Aparentemente negar uma sacola parece não fazer a diferença, quando apenas estamos olhando para o nosso próprio umbigo, porém pelo caminho que estamos indo não há como manter essa visão antiquada e errônea sobre os nossos atos.

Do mesmo modo que o seu consumo pode matar uma inofensiva tartagura ou provocar enchentes que muitas das vezes você teima em reclamar... Pense que com sua redução, por mais que não seja visível num primeiro m0mento, a sua consciência estará limpa porque a sua parte está sendo feita, e muito mais do que isso... As pessoas que convivem com você conforme o tempo for passando também serão influênciadas pelo seu hábito e possivelmente mais e mais pessoas irão aderir a campanha.

Então pense não só em você, pense no planeta, pense nas futuras gerações que dependem do que está sendo feito hoje para haja a possibilidade de sobreviverem...

Para mais informações visitem o site do Ministério do Meio Ambiente:
http://www.mma.gov.br/

Sobre a Campanha "Saco é um saco":

A campanha Saco é um Saco é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente que quer chamar a atenção do cidadão brasileiro para o enorme impacto ambiental de um hábito aparentemente inofensivo: pegar sacos e sacolas plásticas.
http://blog.mma.gov.br/sacolasplasticas/


12 outubro 2009

O Planeta "implora" por educação!


Não há novos textos criativos. Hoje começar a fazer algo diferente, ou pelo menos tentar fazer...

Não é difícil encontrar por aí lixo nas calçadas ou até mesmo nas pistas, mas o que há com a população?! Não venham me dizer que é por falta de informação, porque não é... tantos comerciais (temporários, mas existem), tantas campanhas, tantas discussões, temas de eventos "importantes" etc. Mas o problema ainda persiste como uma praga.

Ás vezes penso que não há solução. Já presenciei tantas situações deprimentes, pessoas de classes sociais e condições econômicas diferentes apresentando o mesmo comportamento imundo, inconsequente, vergonhoso. Isso só prova que essa má educação independe do poder aquisitivo, como muitos pensam e costumam argumentar...

Não pretendo "salvar o mundo", até porque não tenho este poder, mas também não posso mais fechar os olhos para toda essa sujeira, não posso mais ser passiva diante toda essa falta de racionalidade humana. De que adianta ter um cérebro com a capacidade de pensar/refletir se poucos sabem o que isso significa.

Vamos acordar
, ô cidadãos do planeta TERRA. Já está mais do que na hora de evoluir, ninguém é obrigado a viver num chiqueiro.

04 outubro 2009

Notável

Longe de sonhos e desejos, sem crendices
Ver e responder a tudo que se lança
Necessário suporte de vida que me guia
Sabendo que ignorar
Não, não é via de circulação
Crer, não é um jogo...
Não há cartas para adivinhar
Nem copas você há de levar
Veja! desdobrar seus sentidos?
A nutrição do orgulho não contempla
Estão além do conjunto que o contém...
Portanto, acorde.
Há muito mais do que se pode enxergar.

Fita cassete

Paredes sólidas! Enfim, entram em estado de dança. Batimentos! Interferências de minha vida, que irônico... De momentos em momentos parecem nós ou amplitudes duplicadas. Quando ouço, não ignoro. Se vejo, almejo. Desconhecidas notas, variadas freqüências perturbam meu sono. Inusitadas situações, ninguém as espera - logicamente! E ainda sim, salta-me um sorriso e a música é feita.

15 setembro 2009

Quem responde ao temporal?

E quando a ventania chegou - sem previsões em jornais sobre possíveis temporais - desarmou tudo o que podia. Sem cor e tampouco dó destruiu sonhos e canções. Muito havia se perdido de fato.

Maria, vítima da ventania, já não podia se lembrar dos objetos sem valor que só ocupavam espaço, nem das plantas de plástico ou dos velhos retratos mofados que de vez em quando a lembrava de como era anos atrás. Quem sabe cada detalhe desse rotineiramente presente em sua vida não fora significativo o bastante para que ela sentisse falta.

Em sua face uma expressão notavelmente lânguida como de alguém que apesar do estado de choque estava bem consciente sobre o que se passava ao redor. Porém, palavra nenhuma dizia. Gesto? Também não. Quem sabe o que é perder tudo quando tudo não se resume a tudo?

Maria dividida entre pensamentos de ontem e hoje não sabia a quem culpar. O tudo ou nada perdido, a ventania, certamente não poderia custear. Responder enfurecidamente ou derramando lágrimas desesperada por uma solução não iria trazer nada do que se foi com o vento embora. E isso ela sabia muito bem.

Não, ser vítima de um acontecimento desse, não é privilégio de uma única pessoa. A rua estava cheia de olhares implorando por consolo. Mas por que Maria se João também estava angustiado com sua perda, e mais ainda, enfiado entre destroços, cacos de vidro e poeira? Por que Maria se Antônio que na aflição por um abrigo para se proteger num descuido foi atingido por um pedaço de madeira e perdeu a visão?

Entre todas as pessoas que atingidas por esse mal natural, Maria era a única que não estava explodindo em sentimentos. Há de se acreditar que quem chora ao assistir comédias românticas desabaria assim como as casas "desmontadas", mas em desespero. No entanto, imprevistas são as reações humanas.

Quem há de compreender o que as capas com contornos delicados, suaves tonalidades, impróprios brilhos vindo de purpurina e movimentos mecânicos podem dizer quando são intocáveis as palavras sem tinta?

22 agosto 2009

Entrelaçado

Amélia fofoca com Ofélia
Desdenhando da Cornélia
Que um dia famosa se fez enfim.

Conhece Joana
Que com um ar de americana
Prende os cabelos como Mariana
A vendedora de cetim.

Filha de Tomé
que estudou com seu José
Quando ainda eram do jardim.

No interior tudo é mesmo entrelaçado assim.

Desmatiza o Laço

Cor branca gélida que adormece em meus pensamentos
Leva o rosa suave que trouxe contentamentos
Abriga-me em tons pastéis de calmaria
Por mais que eu possa me arrepender um dia
Suma com as cores
Esquecerei o que são as amargas dores
Iniba o vermelho denso do estouro
Pois nem o amarelo ouro
Poderia custear uma azul lembrança vivida
Ou uma cinza solidão sentida
Nesta negra noite que enfrento entristecida

21 agosto 2009

"Relatos de uma viagem inesquecível"

As pessoas costumam marcar suas viagens com horários bem definidos de modo que haja o maior conforto possível e que não interfira em suas atividades cotidianas, as chamadas “férias”. Sempre planejei muito bem cada passo meu, porém nada poderia ser mais imprevista do que essa viagem que irei relatar. Muitas pessoas teriam desistido antes de começar, eu também poderia, é claro, se soubesse o que estava por vir.
Não sei exatamente onde e como tudo começou, só sei que quando acordei estava dentro de um navio aparentemente deserto. E era um navio mesmo! Encontrei-me perdida no interior de uma cabine fechada, aquilo por um instante parecia ser tudo. Entre quatro paredes nada demais pude enxergar além de alguns belos quadros. Eram belos mesmo e de certa forma confusos, difícil de compreender, uma linguagem desconhecida que em um primeiro momento eu não soube definir.
Confesso que permanecer dentro daquela cabine me deixava confusa, mas pensar em sair dela me assustava mais ainda. Por vezes me senti uma criança indefesa precisando de alguém para segurar a minha mão e me ajudar a enfrentar o ambiente desconhecido que estaria por trás da porta. Decidi então permanecer alguns dias dentro da cabine, criando coragem para sair, e ao mesmo tempo tentando compreender o motivo da minha estadia ali.
Transformei a cabine em pouco tempo em um lugar confiável, agradável e onde eu poderia expor meus pensamentos mais profundos. Tentei ser discreta, sem fazer muito barulho, afinal até o exato momento eu não sabia se havia alguém além de mim por perto. Por mais eu precisasse também de alguém para conversar, não me sentia segura.
Conforme os dias iam passando, pude notar uma pequena modificação nos quadros, que na realidade só fui questionar após deixar o local, já que passar muito tempo sozinha pode deixar a pessoa um tanto atordoada. Enfim, não posso reclamar do tempo que passei dentro da cabine, pois foi de fundamental importância para adquirir a coragem que me seria necessária posteriormente.
Durante esses primeiros dias não pensem que eu fiquei sentada assistindo o tempo passar pelos meus olhos, de vez em quando eu tentava “brechar” pela porta. E uma coisa eu pude saber com antecedência: a temperatura do ambiente lá fora era maior, não chamaria de “quente” porque poderia soar “desagradável”, talvez de confortável ou aconchegante, acho que uma dessas duas palavras se aproximam mais da realidade.
Ainda hoje sinto o aperto no peito, o suor frio, a rápida respiração e o medo de quando eu finalmente abri a porta da cabine. Foi uma intensa mistura de sensações, devo ressaltar que foi uma experiência jamais vivida antes e que por isso deixou uma marca bastante forte na minha memória. O alívio de estar do outro lado trouxe consigo também o receio de me perder pelo caminho e não poder mais voltar.
Uma coisa era certa naquele momento: eu devia seguir em frente. E foi o que eu fiz nos dias seguintes...

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O blog "Sem pedágios" foi criado com o intuito de divulgar alguns textos meus e discutir coisas diversas que possam surgir...

Prazer, autora do blog.
- 18 anos, estudante de Física, admiradora de cores e palavras.

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Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...