31 dezembro 2010

Ano novo: comentários e ambientes

Ao telefone:

Amiga! Recebi uma dica fantástica para passar o ano novo num maior astral. Ahn?! Sim! Tem a ver com dinheiro... Sabe aquela história de passar de amarelo? É, é... mentira! Tudo mentira. Ao invés disso, ponha uma nota de cem no bolso durante a virada... Se dá certo?! É claro que sim...

Num bar:

As mulheres são uma graça, né? Passam o ano todo fazendo dieta para se acabar nas festas de final de ano... Daqui a pouco a minha vai querer entrar na moda das plásticas. Já disse para ela fechar a boca, não tenho dinheiro e nem quero ter que gastar comprando outro vestido...

No shopping:

Boa tarde, estou procurando um vestido vermelho... Ah! Imagina! Eu, procurando um amor no próximo ano?! Não, não... Estou quase comprometida... É, quase...

Na televisão:

Estamos com a cartomante “sabe-tudo-que-vai-acontecer-em-2011”, e já já estaremos ao vivo recebendo chamadas de todo o Brasil! Quer saber como será sua vida amorosa? Trabalho? Saúde? Então, espere aí sentado no sofá após um breve comercial, voltamos em instantes!

Na cozinha:

Huuum... Mãããe, que cheiro é esse? Posso provar? Mas até meia-noite eu morro de fome... Só um pedacinho? Diz que siiim... O resto da cobertura da torta, pode? Então... um pouquinho do salpicão? Ninguém vai reparar, já tem muito aí. Arrrg! Deixa prá lá, não quero mais. Vou pedir comida à vizinha!

Nas redes sociais (internet):

Feliz ano novo para todo mundo (que eu gosto). Se beber, me chame! ;)

29 dezembro 2010

Duas décadas.

Voltemos a mil novecentos e noventa. Vinte e oito de dezembro. Dez da manhã. Fui trazida ao mundo, no hospital da aeronáutica, em Pernambuco, assim conta minha mãe. Hoje completo vinte anos de existência cuja consciência não deve ter passado de quinze. Mas, estou feliz. Feliz por ter vivenciado muita coisa boa durante esses anos; por ter aprendido muita coisa.

Este post de “aniversário” é especial para agradecer a todos os meus amigos. Novos ou de longa trajetória. Aquelas pessoas que sempre estiveram presente na minha vida quando precisei e quando não. Aquelas que mesmo um pouco distantes não se esqueceram do verdadeiro significado da amizade. Aquelas que eu sei que posso contar. Afinal, são amigos. Muito obrigada

23 dezembro 2010

Então, é Natal.

Época em que muitas pessoas levantam a bandeira da paz e tentam confraternizar juntas, independente das diferenças que possam existir entre elas. Não vou criticar, não vou argumentar, porque é Natal. O resto a gente vê no ano novo. (É assim que funciona...) 

21 dezembro 2010

Baile de Máscaras

A sobriedade é um desaforo.

Pouca-vergonha de poucos que desafiam a realidade estalando os dedos em situações reprováveis. Olhos cheios de fé são esvaziados de desconfiança. São delineados, impenetráveis, esculpidos para somente enxergar o brilho disfarçado. O senso não existe, tampouco a ética. Assim, as representações visuais dos que crêem tornam-se flashes de sorrisos, deixando as caretas escurecidas entre os intervalos das fotografias.

Num baile de máscaras a sobriedade é a própria face, exposta nua no meio de muitos resguardos. Às vezes, não é preciso nem de materiais, placas de acrílico ou pedaços de pano. Um único rosto pode ser centenas, mesmo que para causar estragos precise apenas ser dois. “Vítimas de Pinóquio”. As maquiagens são retocadas nos intervalos escurecidos. A verdadeira identidade nunca é conhecida.

17 dezembro 2010

Jazz: top doze

Imersa num incrível mundo sonoro, resolvi fazer um top doze músicas que mais ouço de Jazz. Por dois motivos: um deles é a ausência de criatividade para um tópico talvez mais interessante; e o outro se trata de uma dica para aquelas pessoas que por ventura possam se interessar e queiram ouvir.

Quem me conhece ao menos um pouco deve saber da minha paixão por música. Não, eu não sei tocar nenhum instrumento musical, apesar de não me faltar vontade de aprender. Até brinquei com um amigo dizendo que um dia hei de aprender a tocar Clair de Lune do Claude Debussy. Uma das minhas músicas clássicas preferidas. Já tentei improvisar o começo da música num teclado de poucas notas, e, devo dizer que o reconhecimento do som foi encantador.

Uma curiosidade que não esqueço sobre Clair de Lune foi como a conheci. Lembro muito bem! Era uma aula de Literatura sobre o Simbolismo em dois mil e sete do admirado e respeitado professor Abílio Pacheco. É interessante como certas coisas ficam marcadas na memória.

Enfim, vamos ao top 12, com uma observação: apesar de eu ter escolhido estas músicas não significa que não tenham outras de igual ou até melhor qualidade.

Top 12 músicas de jazz

1. They can't take that away from me – John Pizzarelli
2. Feeling Good – Michael Bublé
3. Route 66 – Nat King Cole
4. On The Sunny Side of the Street – Frank Sinatra
5. Just one of those things – Ella Fitzgerald
6. Summertime - Louis armstrong & Ella Fitzgerald
7. Little Girl – John Pizzarelli
8. Too marvelous for words – Frank Sinatra
9. All of me – Richard Poon
10. Sweet Lorraine – Nat King Cole
11. What am I to you – Norah Jones
12. Zat you Santa Claus – Louis Armstrong

Para algumas das músicas que citei existe mais de uma versão. Por exemplo, “All of me” tem a versão do Frank Sinatra, do John Pizzarelli, do Louis Armstrong e por aí vai. Então, coloquei a versão que mais ouço ou que achei adequada indicar (rs).

11 dezembro 2010

Entre meninos


Nas redações da escola somos induzidos (e obrigados) a tratar apenas de um tema de discussão. Por outro lado, se as redações fossem baseadas em conversas rotineiras todos, ou quase todos, nós seríamos carimbados com o famoso “fuga ao tema”. Estava conversando um amigo e de repente chegamos a conversas sobre infância. Gostos e hábitos.

Não creio que eu tenha sido a única menina que passou grande parte da infância entrosada no meio de garotos. Com dois irmãos e dois primos por perto, eu costumava brincar de tudo que não se considera “brincadeira de menina”. Talvez eu tenha me divertido mais com brincadeiras de menino do que muitos meninos por aí. De bonecos a bola de futebol. Eram comandos em ação, Power rangers, cards Pokémon, Cavaleiros do zodíaco (eu tinha um Andrômeda), Mortal Kombat – sem contar com os jogos de videogame.

Reuníamos na casa de um vizinho para campeonato de Pokémon stadium, futebol (FIFA), ou mesmo 007 Goldeneye. São tantos jogos que eu nem lembro direito do nome de todos. Sim, eu também soprei fitas de supernintendo. Acho engraçado ver comunidades do Orkut com títulos assim (“eu soprava fitas”), cheias de pessoas. Fiquei na fila para comprar ingresso para o primeiro filme do Pokémon, era o Mew e até ganhei um card especial brilhante. Capturei pokemons, também, jogando com a fita azul, emulador de gameboy.

São tantas lembranças. Fico contente em recordá-las, pois sei que foram momentos bem vividos. Muitas quedas de bicicleta, chutes na canela, escorregões na beira da piscina, esconderijos feitos com cadeiras de plástico e lençol, polícia e ladrão, bandeirinha, amarelinha, elástico, pula corda, esconde-esconde, gato mia "miau", o seu rei mandou, caça ao sapo, queimada/cemitério, cinco cortes, taco, tubarão... (plus \infty)

10 dezembro 2010

Divagações

Minha espinha lateja, e meu estômago parece se estreitar como se alguém estivesse entrelaçando com linha de costura dois pontos extremos, forçando-os a se aproximar. São mais de três da manhã em Brasília. A programação da tevê começa a exibir um filme natalino. Tudo parece tão mágico nesta época do ano. Ninguém tem problemas, ou investem na tentativa de esquecimento. Dezembros vão e vem. Sorrisos sinceros de crianças e atitudes falsas de adultos. Com o tempo você começa a enxergar o tudo. O tudo, na realidade, é a coleção de momentos.

Mexo de um lado para outro. Forço o travesseiro a permanecer numa posição menos incômoda. A sensação de cansaço do corpo parece não ser solucionada. Não consigo permanecer em pé. A gravidade pesa sobre minhas costas tensionadas. Em menos de dez minutos muita ação, sem muitos atrativos, e continuo a assisti-lo entre uma palavra e outra digitada. Sinceramente, não estou prestando atenção. Os dubladores falam um português grego.

Duas horas, estou sem sono.

05 dezembro 2010

Get Ready to Leave the Ground


Dois mil. Foi uma viagem cansativa. Belém-Recife: Quase dois dias completos dentro do carro, parando apenas para almoçar e dormir. Não foi a primeira viagem que fiz com a minha família de carro. Entretanto, naquele ano o U2 foi a trilha sonora que marcou minha memória - uma influência materna. O CD era um fenômeno, “All that you can't leave behind". Eu tinha nove anos. Não lembro exatamente qual foi a primeira música que ouvi, mas o CD como um todo permaneceu intacto até hoje como um dos meus preferidos.

Não quero entrar no tópico dos fanáticos. Não acompanho a banda desde o início, até porque eu não existia. Mas, dentre os inúmeros grupos musicais e os cantores solo que tive a oportunidade de conhecer o trabalho, U2 foi uma das pouquíssimas que continuei a ouvir. Hoje, tenho dezenove anos. Portanto, são dez anos e eu ainda gosto.

É difícil explicar porque U2 e não outra banda. O som deles flui em meus pensamentos tão naturalmente. Parece que já estava lá em latência só esperando o que ativassem. Isso não costuma acontecer com tudo que ouço. Gosto muito, demasiadamente de música. Mas, de tudo que ouço não são todos que eu faria questão de assistir ao vivo. Não estou desdenhando do trabalho de ninguém quando menciono a expressão “ fazer questão”. Os esforços que digo são no âmbito de viajar para assistir. Ou juntar uma quantia de dinheiro para um ingresso um tanto salgado. Nesse sentido tenho poucos preferidos.

Pois bem! Quando anunciaram as vendas dos ingressos fiquei na expectativa e ao mesmo tempo com receios de que acabassem antes que eu pudesse garantir meu lugarzinho. Na primeira tentativa (pré-venda para os associados ao U2.com) não consegui comprar. Como moro em Belém, as únicas alternativas são: o telefone ou a internet. Fiquei bastante irritada com os problemas que surgiam no website do "tickets for fun" toda vez que eu tentava finalizar a compra. Na segunda tentativa (pré-venda para clientes de alguns cartões de crédito) depois de passar quase QUATRO horas tentando - cansada, com sono - consegui adquirir dois ingressos. Não foi para o espaço que eu queria, mas já creio que foi uma vitória consegui-los. O site estava congestionado, o mesmo problema surgia, quase impossível finalizar a compra. Várias tentativas... Não acreditei quando apareceu a efetivação do processo de compra. Um alívio.

Agora é só esperar até Abril, e com muita alegria cantar "i'll go crazy if i don't go crazy tonight".

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...