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16 novembro 2010

Pensando sobre "Saw"

Finalmente! Sim, finalmente.

Terminei de assistir a série de sete filmes de Jogos Mortais (Saw, título em inglês). Nunca imaginei que ficaria tão ansiosa para descobrir qual seria o desfecho da história. Não gostaria de explicitamente falar sobre cenas ou sobre o enredo do filme, e o motivo é porque há pessoas que ainda não assistiram e podem querer assistir. Então, resolvi fazer diferente: uma crítica sobre a “idéia” que construí a cerca do filme.

Jogos mortais até pouco tempo não era um filme que eu cogitava na minha lista de entretenimento, e posso dizer o porquê. A primeira vez em que ouvi falar do filme eram pessoas comentando sobre a brutalidade de algumas cenas. Umas diziam “você não vai conseguir assistir, é muito cruel”, ou “tem muito sangue, blá blá blá”. Foi aí que pensei: “Ora, deve ser mais uma coletânea como o massacre da serra elétrica. Um louco aparece do vácuo (vulgo “nada”) e começa a matar todas as pessoas que encontra sem ao menos ter um motivo. A maioria dos filmes de terror é assim: só sangue. Sem contar com o fator principal, o assassino é irritantemente imortal. Pode ser atingido por um canhão e ainda permanecerá em pé.” Mas, eu estava enganada.

Após assistir o primeiro filme, num estalo, minha curiosidade para saber a real idéia que estava por trás de toda aquela carnificina fez com que eu assistisse os demais filmes. Achei muito fascinante o link que os criadores desta série fizeram entre os sete filmes. Uma arquitetura desafiadora e bem lógica. Não se trata de deixar subentendido como muitos fazem, mas de revelar a cada passo uma situação que estava oculta e que se encaixa perfeitamente. A estrutura de pensamento, realmente, impressiona.

Entendo, também, que há mais ensinamentos do que a maioria das pessoas consegue enxergar. Talvez seja por isso que muitas pessoas não tenham gostado. A minha leitura sobre a história considera a carnificina como uma forma de expressão bastante forte para atrair o leitor a considerações mais importantes. Essas considerações são expostas por meio das vítimas capturadas, pelo perfil que elas exibem. Talvez eu esteja errada, porém é a maneira que visualizo.

Um pouco de “spoiler” a seguir:

Jigsaw (personagem principal) quando escolhe as vítimas justifica que as mesmas não sabem valorizar a vida que tem. O interessante é que o mesmo julga essas vítimas não merecedoras da vida pela maneira como elas interagiram e interferiram em sua vida. Reabilitação, ele diz. Mas, vejo também uma pitada de vingança em toda essa história. Dessa maneira, ele poderia ser vítima do seu próprio jogo. Negar os defeitos do ser humano e querer contemplar uma sociedade perfeitamente organizada, onde tudo funcione bem, é uma visão muito sonhadora. Crítico não a visão, e sim a solução que ele encontra para “salvação” dessas pessoas. É como dar uma de Deus e julgar a todos – sem ser julgado. Reconheço que é o Jigsaw é um personagem bem construído, com um caráter fortíssimo e pensamentos bem definidos, e que apesar de toda insanidade de seu jogo, ele é fiel as regras. Como se o jogo fosse a grande lei para a sobrevivência do ser humano, tornando a violação do mesmo um pecado.

Com isto, finalizo um pouco do que observei ao assistir a série de filmes dos Jogos Mortais.

13 novembro 2010

Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz!

Há momentos em nossa vida que nos faz refletir sobre o verdadeiro sentido da mesma. Somos treinados desde que nascemos a percorrer um caminho seqüencial. As escolhas (ditas mais importantes) que fazemos, são, em sua maioria, relacionadas com o futuro. Estudar hoje para amanhã ter um trabalho digno. Abandonar amores por “não haver futuro”. Essas são as mais comuns.

Poucos dias atrás experimentei a sensação de não saber o que dizer. Fui surpreendida por um colega que se aproximou para desabafar. Precisava de alguém para ouvi-lo por mais que não houvesse resposta. Ele contou-me que havia perdido um amigo. Senti a mente vazia “o que dizer para dor de uma perda?”. Ninguém espera ter de lidar, subitamente, com a morte de um ente querido. Disse, ainda, que havia falado com o amigo no dia anterior pelo telefone, e que ele aparentava cansaço. O rapaz veio a falecer enquanto dormia, parada respiratória. Eu não conhecia o rapaz. Não sou muito próxima deste meu colega, também, mas a situação veio a desencadear uma série de pensamentos em minha mente nos próximos dias.

Não é errado pensar sobre o futuro, afinal, cada um de nós deve sonhar com realizações que por algum motivo não podem ser imediatas. O errado é viver em função de um futuro, e que não é certo. Aliás, qual futuro é?

O intrigante do ser humano é que ele vive como se fosse viver eternamente. Sempre adiando, e adiando. Desde coisas simples como ler um livro, ligar para um amigo, até situações mais complexas como resolver um mal entendido. Todos nós sabemos que somos seres limitados, que nossa existência é finita, mas pouquíssimos de nós realmente conseguem incorporar essa concepção. A morte é uma idéia obscura a qual evitamos pensar. Quantas vezes você já não foi repreendido ao fazer um comentário sobre a morte?

A reflexão da nossa limitada existência não é ruim. Pelo contrário, nos engrandece. Começamos a imaginar o que é prioridade em nossas vidas. Valorizamos o que é importante e descartamos os males que nos corroem por dentro.

Lembro de quando me diziam “faça o que você gosta de fazer ou pelo menos goste do que você faz”. Nosso esforço pode ser em “vão” – estudar algo que não se gosta pela motivação financeira e “futura”. Desperdiçar o presente com inquietações e tornar a própria vida desprezível como se fosse possível reiniciá-la como num jogo de videogame. Reciclar é possível, constituir uma nova maneira de pensar. Mas, reiniciar não. Não há como tocar no tempo vivido - retirar as palavras ditas, as ações cometidas - tampouco no tempo futuro.

O único “tempo” que temos em mãos é aquele presente. No presente é que devemos pensar, e a vida passa a fazer mais sentido quando pensamos no presente. Fazer o que se gosta pelo prazer de estar vivendo a situação.

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...