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25 junho 2014

A Bela e a Fera


Acabei de rever o filme (desenho) clássico da Disney "The Beauty and the Beast" depois de muitos anos. Acho que a última vez que o vi ainda era criança, tanto que muitas cenas eu nem recordava. Mas, uma coisa muito legal que eu percebi em relação a este filme são as mensagens que ele transmite. Mensagens que quando somos crianças não é tão simples de perceber. 

Por exemplo, todos sabemos que a Bela é apaixonada por livros, certo? Entretanto, as músicas retratam algo além disso. A discriminação que ela sofre por ser estudiosa e diferente dos outros moradores da cidade. É considerada quase que uma alienígena. 

Não menos que isso, um galã da cidade, o tal Gastom é o exemplo do homem machista. Ele deseja a todo custo casar com a Bela, mas não porque seja apaixonado por ela. O interesse dele parece ser somente o da conquista difícil. Fica muito claro que ao casar com ele, a Bela se tornaria uma dona de casa. 


É uma crítica até engraçada aos machões bombadinhos, a meu ver.

Agora uma das mensagens mais bonitas e, possivelmente, a principal é enxergar as pessoas além das aparências. A Fera nada atraente consegue conquistar o coração da Bela. É claro que não foi tarefa fácil também domá-lo. Ambos com temperamento difícil precisaram ceder para conviver pacificamente. Assim, aos poucos foram se aproximando de maneira cada vez mais doce e amigável a ponto de se apaixonarem.

A temática desse filme aparentemente infantil é muito bonita. É uma das poucas princesas que não se apaixonou a primeira vista e que possui uma visão mais crítica do mundo em que vive. Também não é representada como uma dama indefesa e pelo que tudo mostra ela foi quem salvou a Fera do seu destino solitário.


Palmas para Bela! :)


16 novembro 2010

Pensando sobre "Saw"

Finalmente! Sim, finalmente.

Terminei de assistir a série de sete filmes de Jogos Mortais (Saw, título em inglês). Nunca imaginei que ficaria tão ansiosa para descobrir qual seria o desfecho da história. Não gostaria de explicitamente falar sobre cenas ou sobre o enredo do filme, e o motivo é porque há pessoas que ainda não assistiram e podem querer assistir. Então, resolvi fazer diferente: uma crítica sobre a “idéia” que construí a cerca do filme.

Jogos mortais até pouco tempo não era um filme que eu cogitava na minha lista de entretenimento, e posso dizer o porquê. A primeira vez em que ouvi falar do filme eram pessoas comentando sobre a brutalidade de algumas cenas. Umas diziam “você não vai conseguir assistir, é muito cruel”, ou “tem muito sangue, blá blá blá”. Foi aí que pensei: “Ora, deve ser mais uma coletânea como o massacre da serra elétrica. Um louco aparece do vácuo (vulgo “nada”) e começa a matar todas as pessoas que encontra sem ao menos ter um motivo. A maioria dos filmes de terror é assim: só sangue. Sem contar com o fator principal, o assassino é irritantemente imortal. Pode ser atingido por um canhão e ainda permanecerá em pé.” Mas, eu estava enganada.

Após assistir o primeiro filme, num estalo, minha curiosidade para saber a real idéia que estava por trás de toda aquela carnificina fez com que eu assistisse os demais filmes. Achei muito fascinante o link que os criadores desta série fizeram entre os sete filmes. Uma arquitetura desafiadora e bem lógica. Não se trata de deixar subentendido como muitos fazem, mas de revelar a cada passo uma situação que estava oculta e que se encaixa perfeitamente. A estrutura de pensamento, realmente, impressiona.

Entendo, também, que há mais ensinamentos do que a maioria das pessoas consegue enxergar. Talvez seja por isso que muitas pessoas não tenham gostado. A minha leitura sobre a história considera a carnificina como uma forma de expressão bastante forte para atrair o leitor a considerações mais importantes. Essas considerações são expostas por meio das vítimas capturadas, pelo perfil que elas exibem. Talvez eu esteja errada, porém é a maneira que visualizo.

Um pouco de “spoiler” a seguir:

Jigsaw (personagem principal) quando escolhe as vítimas justifica que as mesmas não sabem valorizar a vida que tem. O interessante é que o mesmo julga essas vítimas não merecedoras da vida pela maneira como elas interagiram e interferiram em sua vida. Reabilitação, ele diz. Mas, vejo também uma pitada de vingança em toda essa história. Dessa maneira, ele poderia ser vítima do seu próprio jogo. Negar os defeitos do ser humano e querer contemplar uma sociedade perfeitamente organizada, onde tudo funcione bem, é uma visão muito sonhadora. Crítico não a visão, e sim a solução que ele encontra para “salvação” dessas pessoas. É como dar uma de Deus e julgar a todos – sem ser julgado. Reconheço que é o Jigsaw é um personagem bem construído, com um caráter fortíssimo e pensamentos bem definidos, e que apesar de toda insanidade de seu jogo, ele é fiel as regras. Como se o jogo fosse a grande lei para a sobrevivência do ser humano, tornando a violação do mesmo um pecado.

Com isto, finalizo um pouco do que observei ao assistir a série de filmes dos Jogos Mortais.

04 novembro 2010

Uma visão sobre Dr. Jekyll

Numa madrugada, mês de Outubro ou Setembro, enquanto procurava por uma distração na tevê, já que o sono não vinha, deparei-me com um filme um tanto curioso. Sem saber o nome dele, pois não aparecia na tela depois do retorno dos comerciais, fiquei intrigada pela história. No dia seguinte, comentei com a minha mãe o enredo e como sucediam os fatos de maneira que ela pôde me dizer qual era o nome do bendito filme. Descobri que tinha assistido a um clássico de que sempre ouvi falar, mas nunca tinha tido a motivação necessária para procurar saber do que se tratava de fato. Este filme era "O médico e o monstro (Dr. Jekyll & Mr. Hyde)" numa versão mais recente de 2008. Pelo nome "O médico e o monstro" minha mente exibia uma versão diferenciada do "Frankstein". Acredito que por isto nunca exibi desejo em conhecer a história em si. Por outro lado, o filme me motivou a buscar a fonte de sua construção. Comprei o livro pouco tempo depois, apesar de não ter tido tanto afinco para lê-lo rápido.

Agora, terminando de ler o livro "O médico e o monstro" sinto desconforto. Diferentemente do que costumam difundir por aí de que os livros sempre superam os filmes, não creio que eu tenha ficado satisfeita com a comparação que fiz. Não estou dizendo também que o livro é ruim. Na realidade, eu aguardava obter mais detalhes sobre a fascinante história do Dr. Jekyll. Devo confessar que o personagem me atraiu bastante pelo desejo que desdobrar o ser humano em duas partes: um ser bom e outro mal. Para quem não conhece a história, um primeiro olhar pode ser preconceituoso, pois reconheço que histórias baseadas em seres completamente bons ou ruins fogem da nossa realidade e partem para um plano puramente divino. Não há como dar muita credibilidade, principalmente se você segue a rigor uma visão crítica e seca do mundo, a histórias cujo o tema principal seja a divisão dessas duas "personalidades".

Retomando o meu foco de admiração. Novamente, considero o Dr. Jekyll ingênuo, mas deixo que a justificativa paire sobre a época que viveu o personagem. Se hoje a religião influencia a vida das pessoas que dirá naqueles tempos (o livro foi publicado inicialmente em 1886).

Pois bem! Mas, vamos ao motivo que me desconforta ao comparar o livro e o filme. Posso dizer que é motivo semelhante ao fato de as pessoas não reconhecerem o 'superman' por causa de um mísero óculos. O que fica estranho para um livro que não parecia embasar-se em tanta ficção é que o Dr. Jekyll quando se transforma em sua própria cobaia parece mudar de forma fisicamente. Vamos destrinchar este detalhe que é o mais intrigante do livro.

Devido a falta de recursos para dar consistência a sua pesquisa ele resolve que deve tratar o problema sozinho. Como separar seu "eu" em duas partes? A resposta logo veio com a química. Era contemplado em sua casa por um laboratório e nele fazia algumas misturas. No livro fala-se de pó branco, no filme parece que ele utiliza cocaína, não estou certa disto, mas parece. Outra diferença, é que no filme ele costuma injetar diretamente na veia a mistura e já no livro ele bebe - entretanto, essa diferença é o que menos incomoda. Sim, continuando. Profundamente a mudança de forma (estatura, pêlos, cabelos, etc.) que ele adquiri me causa desconforto. Uma "simples" mistura química, sendo bem seca com a realidade, não causaria nenhuma mudança desse tipo de caráter provisório. Digo isto, por que ele sim poderia "mudar" em alguns aspectos como perder os cabelos, mas seria uma mudança real e fixa, não algo passageiro por uma poção mágica. As pessoas não reconhecem a sua mudança, Mr. Hyde, como o próprio Dr. Jekyll. No filme, a adaptação foi mais sutil. É possível reconhecer o Dr. Jekyll, pois as mudanças são mais visíveis em termos de vestimentas e atitudes.

Enfim, apesar da minha chatice é uma boa história para se discutir temas como múltiplas personalidades; imagino que a idéia de mudar fisicamente o personagem era para deixar mais forte a noção de que devemos ser compostos por pessoas distintas e que por ventura poderiam ser desvinculadas uma da outra de maneira que viveriam independentes. Porém, como também fica claro nas conclusões do testemunho do próprio personagem: somos presos a um único corpo. A desvinculação de almas diferentes seria "inviável" para não dizer "impossível".

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...