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26 junho 2011

(...)

Icon credit: LJ /morgrix

Resta-me apenas sorrir ao lembrar das coisas boas que ficaram, e aceitar que tudo, inevitavelmente, um dia acaba.
E, então, a história se repete...

16 novembro 2010

Pensando sobre "Saw"

Finalmente! Sim, finalmente.

Terminei de assistir a série de sete filmes de Jogos Mortais (Saw, título em inglês). Nunca imaginei que ficaria tão ansiosa para descobrir qual seria o desfecho da história. Não gostaria de explicitamente falar sobre cenas ou sobre o enredo do filme, e o motivo é porque há pessoas que ainda não assistiram e podem querer assistir. Então, resolvi fazer diferente: uma crítica sobre a “idéia” que construí a cerca do filme.

Jogos mortais até pouco tempo não era um filme que eu cogitava na minha lista de entretenimento, e posso dizer o porquê. A primeira vez em que ouvi falar do filme eram pessoas comentando sobre a brutalidade de algumas cenas. Umas diziam “você não vai conseguir assistir, é muito cruel”, ou “tem muito sangue, blá blá blá”. Foi aí que pensei: “Ora, deve ser mais uma coletânea como o massacre da serra elétrica. Um louco aparece do vácuo (vulgo “nada”) e começa a matar todas as pessoas que encontra sem ao menos ter um motivo. A maioria dos filmes de terror é assim: só sangue. Sem contar com o fator principal, o assassino é irritantemente imortal. Pode ser atingido por um canhão e ainda permanecerá em pé.” Mas, eu estava enganada.

Após assistir o primeiro filme, num estalo, minha curiosidade para saber a real idéia que estava por trás de toda aquela carnificina fez com que eu assistisse os demais filmes. Achei muito fascinante o link que os criadores desta série fizeram entre os sete filmes. Uma arquitetura desafiadora e bem lógica. Não se trata de deixar subentendido como muitos fazem, mas de revelar a cada passo uma situação que estava oculta e que se encaixa perfeitamente. A estrutura de pensamento, realmente, impressiona.

Entendo, também, que há mais ensinamentos do que a maioria das pessoas consegue enxergar. Talvez seja por isso que muitas pessoas não tenham gostado. A minha leitura sobre a história considera a carnificina como uma forma de expressão bastante forte para atrair o leitor a considerações mais importantes. Essas considerações são expostas por meio das vítimas capturadas, pelo perfil que elas exibem. Talvez eu esteja errada, porém é a maneira que visualizo.

Um pouco de “spoiler” a seguir:

Jigsaw (personagem principal) quando escolhe as vítimas justifica que as mesmas não sabem valorizar a vida que tem. O interessante é que o mesmo julga essas vítimas não merecedoras da vida pela maneira como elas interagiram e interferiram em sua vida. Reabilitação, ele diz. Mas, vejo também uma pitada de vingança em toda essa história. Dessa maneira, ele poderia ser vítima do seu próprio jogo. Negar os defeitos do ser humano e querer contemplar uma sociedade perfeitamente organizada, onde tudo funcione bem, é uma visão muito sonhadora. Crítico não a visão, e sim a solução que ele encontra para “salvação” dessas pessoas. É como dar uma de Deus e julgar a todos – sem ser julgado. Reconheço que é o Jigsaw é um personagem bem construído, com um caráter fortíssimo e pensamentos bem definidos, e que apesar de toda insanidade de seu jogo, ele é fiel as regras. Como se o jogo fosse a grande lei para a sobrevivência do ser humano, tornando a violação do mesmo um pecado.

Com isto, finalizo um pouco do que observei ao assistir a série de filmes dos Jogos Mortais.

13 novembro 2010

Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz!

Há momentos em nossa vida que nos faz refletir sobre o verdadeiro sentido da mesma. Somos treinados desde que nascemos a percorrer um caminho seqüencial. As escolhas (ditas mais importantes) que fazemos, são, em sua maioria, relacionadas com o futuro. Estudar hoje para amanhã ter um trabalho digno. Abandonar amores por “não haver futuro”. Essas são as mais comuns.

Poucos dias atrás experimentei a sensação de não saber o que dizer. Fui surpreendida por um colega que se aproximou para desabafar. Precisava de alguém para ouvi-lo por mais que não houvesse resposta. Ele contou-me que havia perdido um amigo. Senti a mente vazia “o que dizer para dor de uma perda?”. Ninguém espera ter de lidar, subitamente, com a morte de um ente querido. Disse, ainda, que havia falado com o amigo no dia anterior pelo telefone, e que ele aparentava cansaço. O rapaz veio a falecer enquanto dormia, parada respiratória. Eu não conhecia o rapaz. Não sou muito próxima deste meu colega, também, mas a situação veio a desencadear uma série de pensamentos em minha mente nos próximos dias.

Não é errado pensar sobre o futuro, afinal, cada um de nós deve sonhar com realizações que por algum motivo não podem ser imediatas. O errado é viver em função de um futuro, e que não é certo. Aliás, qual futuro é?

O intrigante do ser humano é que ele vive como se fosse viver eternamente. Sempre adiando, e adiando. Desde coisas simples como ler um livro, ligar para um amigo, até situações mais complexas como resolver um mal entendido. Todos nós sabemos que somos seres limitados, que nossa existência é finita, mas pouquíssimos de nós realmente conseguem incorporar essa concepção. A morte é uma idéia obscura a qual evitamos pensar. Quantas vezes você já não foi repreendido ao fazer um comentário sobre a morte?

A reflexão da nossa limitada existência não é ruim. Pelo contrário, nos engrandece. Começamos a imaginar o que é prioridade em nossas vidas. Valorizamos o que é importante e descartamos os males que nos corroem por dentro.

Lembro de quando me diziam “faça o que você gosta de fazer ou pelo menos goste do que você faz”. Nosso esforço pode ser em “vão” – estudar algo que não se gosta pela motivação financeira e “futura”. Desperdiçar o presente com inquietações e tornar a própria vida desprezível como se fosse possível reiniciá-la como num jogo de videogame. Reciclar é possível, constituir uma nova maneira de pensar. Mas, reiniciar não. Não há como tocar no tempo vivido - retirar as palavras ditas, as ações cometidas - tampouco no tempo futuro.

O único “tempo” que temos em mãos é aquele presente. No presente é que devemos pensar, e a vida passa a fazer mais sentido quando pensamos no presente. Fazer o que se gosta pelo prazer de estar vivendo a situação.

19 junho 2010

6 dias para viagem.

Ando muito atarefada com o final da graduação e últimos preparativos para minha viagem próxima sexta (depois do jogo do Brasil, claro). Falta-me até palavras para comentar sobre esses últimos dias, não tenho tido tanta "vontade" de escrever, tudo me parece obscuro, confuso; Decidi que vou reorganizar minha vida no tempo que estiver ausente. Provavelmente eu terei bastante tempo para pensar... e o melhor de tudo: longe do meu cotidiano. É isso.

18 janeiro 2010

- Mãe, Pai, Eu vou fazer Física!

A primeira, talvez, grande decisão que todo jovem tenha que escolher é a do curso que vai prestar para o vestibular. Não é tão simples como escolher entre catchup e maionese, mas não é o fim do mundo. A impressão que temos é que nós estamos decidindo todos os rumos de nosso próprio futuro, se vai dar certo ou não, em apenas alguns segundos que constam no preenchimento da ficha de inscrição para a prova do vestibular. Porém, ao ingressar na universidade começamos a enxergar as inúmeras possibilidades que são apresentadas pelo mundo, ou no mínimo, as oportunidades que o meio acadêmico pode oferecer. Há quem diga que certas profissões são destinadas a fracassados ou a pessoas com pouca perspectiva de uma vida com qualidade. Há quem diga também que há profissões que o tornarão milionário apenas por “portar” um diploma de ensino superior. As duas ideologias, particularmente a meu ver, são conseqüências de uma cega ilusão da realidade que descarta qualquer tipo de influência do ser pensante sobre a sua própria vida.

Quando decidi optar pelo curso de Física muito do que descrevi acima me foi dito com o objetivo de me “desviar” do caminho por mim escolhido. Quando decidi cursar Física eu não tinha a menor idéia de onde estava me inserindo. É claro, havia feito pesquisas sobre mercado de trabalho, grade curricular, perspectiva de salário etc. Mas nada do que pesquisei me mostrou realmente o que era fazer Física. Talvez eu estivesse procurando no local errado, pois somente a Universidade é capaz de mostrar a qualquer estudante de qualquer curso o que é de fato o curso. Desse modo, eu só vim descobrir o que era Física, e muito mais, o que era fazer Física, ser Física, quando eu ingressei no curso.

Não me decepcionei, pelo contrário, descobri que apesar de todos desacreditarem, há muito que fazer com um curso desses. Física é para quem ama Física e não para quem gosta como hobbie ou tem algum grau de simpatia. Uma das coisas mais belas do curso é quando você começa a enxergar que a Física não é uma mera ciência de livros que realmente as coisas são aplicadas. Quando você vê que seus estudos, e, principalmente, depois de páginas e mais páginas de conta, porque fazer Física, por certo ponto de vista, é fazer matemática com uma interpretação real, funcionam de acordo com a natureza. Isso é gratificante demais. Essa beleza não é qualquer um que sabe apreciar.

Como todas as verdades precisam ser ditas: é um curso difícil. Difícil, por quê? Exige que o aluno seja bastante disciplinado quanto aos estudos. Há disciplinas que de modo algum estudar de véspera irá funcionar, nem reza ajuda! Para quem acha que o vestibular é cansativo é porque não fez uma prova de métodos que para fazer cinco questões é preciso de pelo menos de três a quatro horas de prova sem intervalo para ‘pensar como resolver’. Mas não digo isso para assustar. É apenas uma das verdades. A outra verdade é que você aprende gradualmente todas as ferramentas que precisa para resolver os problemas mais complexos, ou seja, não adianta se descabelar ao ver uma equação mais elaborada como a famosa ‘equação de Schroedinger’ achando que é impossível aprender a resolvê-la. Com o tempo vai conhecendo mais e mais de modo que vai até achar simples algumas coisas que parecem ‘feias’.

Por fim dois mitos. Física não é, de forma alguma, coisa de doido. Não é só porque você não entende e não se esforça para entender que a Física seja a coisa mais difícil do mundo. É natural que por não ser um estudante de Física olhar equações “gigantes” e cheias de caracteres estranhos pode parecer muito difícil, mas não se engane... Se não entende é porque não tem as ferramentas necessárias para entender e se entendesse o curso de Física não existiria, pois as já pessoas nasceriam sabendo. E o segundo mito é “Nem todo estudante de Física é inteligente ou fazer Física não necessariamente demonstra inteligência”. Já ouvi muitos comentários de que quem faz Física é nerd, cdf, mas não é verdade. O Físico é uma profissão como qualquer outra, existem pessoas competentes e pessoas incompetentes. Não é só porque uma pessoa faz Física é que ela é inteligente. Se fosse por isso não existiriam tantos “quase-jubilados” na Universidade.
Espero ter expressado um pouco sobre idéias acerca do que é estudar a Natureza, fazer Física, ser estudante de Física. É claro que é muito, além disso, que escrevi por aqui, mas seria impossível descrever em poucas palavras a imensidão que o curso proporciona. Quem sabe um dia eu trate sobre a área de iniciação científica que ando envolvida. Um beijo para o Ramon que sugeriu este tema para o texto e um feliz aniversário para ele e para meu irmão hoje.
  • Ao som de This Way Out - John Pizzarelli.

06 dezembro 2009

Prenda-me a atenção.

"Venha conhecer o mundo: amor, paixão, alegria e suor purpurinado (...)"

Assim dizia o palhaço tentando atrair o público ao seu estabelecimento empobrecido de beleza mas cheio de vigor. O tempo que me era preciso não foi motivo suficiente para que eu ignorasse o anúncio caloroso e continuasse a caminhar em direção as minhas cotidianas e corriqueiras atividades.

Num primeiro momento não compreendi o que aquele pobre homem buscava - certamente não teria êxito - pensei. As pessoas não pareciam se importar com as chamadas, continuavam a seguir seus caminhos como se fossem surdas. Talvez aquele movimento fosse tão comum que não atraía mesmo a atenção de mais ninguém.

Era notável o olhar do pobre homem tentando encontrar forças para continuar sorrindo... Apesar da minha sensível percepção de alguns comportamentos, jamais eu poderia sentir o que aquele senhor sentia. Suas experiências de vida eram bem diferentes das minhas, é claro, e provavelmente por trás de toda aquela maquiagem colorida havia rugas e um olhar preto e branco do mundo...

É possível também que eu estivesse errada, quem sabe? Nunca tive a coragem de me aproximar dele e perguntar sobre o real motivo de tudo aquilo, toda aquela alegria forçada se eu mesma não conseguia enxergar mobilização externa nenhuma.

Apenas sei que os cinco longos minutos que fiquei observando atentamente o suor purpurinado escorrendo pelo rosto do pobre homem alimentando um sorriso persistente me fizeram crer que cada vez mais somos pontos disassociados, distantes, distintos que não se misturam que não vivem, apenas sobrevivem a uma falsa realidade esquecendo o que é mais importante da vida, não um jogo de interesses ou corriqueiras situações de engrandecimento egoísta e mesquinho, mas sorrisos sinceros e ainda mais um olhar diferente reflexivo e com esperança...

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...