20 janeiro 2010

Quem deixou as luzes acessas?

Insônia é uma coisa realmente desconfortável. Já são dois dias em apenas uma semana... Ou será três? De qualquer modo me conserva, agora, um par de olheiras. A insônia me faz trabalhar de madrugada o que não é de todo ruim já que todos estão aconchegados em seus respectivos sonos, e, portanto, não fazem barulho permitindo que eu me concentre melhor. O ruim mesmo é a sensação de fadiga pela manhã após ‘acordar’ de uma noite mal dormida. Sinto como se meu corpo todo estivesse prestes a desabar como um prédio sem o sustento das vigas. Deito de lado, de bruços e de peito para cima, mas a inquietação é tanta que me sento na cadeira de balanço e ligo a televisão. O filme da madrugada acaba lá para as três ou três e meia. Meus olhos ainda estão ativos, prontos para assimilar qualquer outra coisa que venha aparecer na tela, mesmo que eu já tenha esgotado minha paciência com o último filme que, convenhamos, era uma porcaria. Foi tão fácil prever o final dele quanto o repeteco das novelas em que todos casam, tem filhos e são felizes para sempre e isso sem contar que os vilões milagrosamente se tornam pessoas boas, da água ao vinho sem se tornar vinagre, e ainda bebericam cutucando os tira-gostos na festa de casamento do mocinho e da mocinha. Lamentável essa insônia. Só contribui para que minha mente se encha de idéias absurdas e tristes também. É visto que quando estamos cansados, principalmente na eminência do sono, ficamos um tanto mais sensíveis e pequenas coisas se tornam grandes pensamentos que viajam, sem razão, pelas possibilidades mais trágicas. Apaguem as Luzes! Não suporto mais vagar sem rumo. Quero dormir! Até parece que é teimosia minha ficar acordada altas horas da madrugada enquanto todos estão dormindo. Não fosse por menos, invejo quando observo os demais com uma expressão pura, inocente e, principalmente, descansada, respirando automaticamente livre de qualquer congestionamento de pensamentos. Não vou tomar esse remédio, não. Já basta a quantidade de problemas que eu tenho, não quero me tornar uma viciada em remédios para dormir, calmantes ou sei lá o que. Parei de tomar café à noite quando a insônia se tornou pesada. Mas não creio que o café com leite tenha sido o causador dessa incomoda situação, pois caso fosse eu nunca teria sonos tranqüilos. Pego um livro da prateleira, livro muito bom, leitura gostosa. Meus olhos ardem de cansaço. Fecho o livro. Fecho também os olhos, mas mesmo cansados, fechados, lacrados com durex eles não se apagam. Cinco da manhã mais ou menos. Sei, não porque vi no relógio já que não ouso me levantar, mas porque já enxergo a manhã surgindo, parece que deseja me dar ‘bom dia’ primeiro do que aos demais. Lisonjeada? Nem um pouco. Esse ‘bom dia’ parece ser bastante irônico. Não ria de mim. Eu não riria de você se estivesse preso a um cansaço interminável. Seis, seis e quinze, seis e meia da manhã e já está claro. De manhã o dia parece mais ‘fresco’ do que de madrugada... Agora sim, finalmente! Jogo-me em cima da cama de qualquer jeito, lençol cobrindo parte de meu corpo como se tivesse sido jogado sem a intenção de cobrir, os pensamentos foram embora de uma vez e ouço apenas o ‘tic-tac’ do relógio despertador do lado da cama. Acompanho o ‘tic-tac’ sem noção de tempo e quando o ouço novamente vejo que se passaram seis horas, minha cara está amassada e as olheiras impregnadas debaixo de meus olhos.

  • Ao som de Jesus, Alegria dos Homens { Bachianinha nº 1 } - Toquinho e MPB4

3 comentários:

  1. Olá, menina!
    Vim aqui retribuir a sua visita no meu blog. Seja sempre bem-vinda lá!
    Seu blog é interessante, tem carinha de diário pessoal =]
    Gostei do nome do seu tb!
    Bjos

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  2. poxa Natália, é exatamente assim, caramba, de qualquer forma, eu espero melhoras, fica bem!

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  3. Obrigada Leo. O texto não foi tão pessoal quanto parece. Descrevo sim uma insônia, mas não significa que eu sofra da mesma o tempo todo. É apenas um momento e eu achei interessante falar sobre... Abraços!

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Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...