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26 março 2014

Mestrado: mission completed

Após dois meses longe do blog resolvi voltar. Pelo menos para deixar registrado minha última conquista. Nesta última segunda-feira, dia 24, defendi minha dissertação de mestrado. Lá se foram dois anos de muitos acontecimentos. É incrível como as coisas mudam. Lembro-me ainda do dia da prova para ingressar na pós-graduação, do resultado, das primeiras aulas, de toda aquela motivação pela pesquisa científica. Em dois anos eu mudei bastante. Muito mesmo. Não tenho a intenção de escrever muita coisa. Apenas isso: Eu consegui! E que venham os próximos desafios!

18 novembro 2010

Quem ensina a pensar?

Semana passada, perguntaram-me se eu poderia ensinar física. Algumas aulas particulares visando às avaliações finais de escola. Sempre que recebo um “convite” destes fico com receios, já que na maioria das vezes eu, na função de professora, e os alunos temos objetivos que divergem. Quando penso no ensino de física visualizo a contextualização histórica, os motivos que propiciaram o desenvolvimento das teorias, as idéias que precederam e os “insights”. Existe um raciocínio valioso ao estabelecer as leis regidas pela natureza. No entanto, em quase cem porcento dos casos que estive submetida ao processo de lecionar física a pergunta que mais faziam era “Quais são as fórmulas que eu preciso decorar?”.

Sempre depreciei o ato decorativo em relação à aprendizagem. Talvez seja por este motivo que nunca me dei muito bem em ciências biológicas. Mas, o erro resiste na crença de que se pode apreender física decorando fórmulas. Aliás, o dicionário Aurélio mantém clareza (e coerência) ao expor o significado do verbo “apreender
Assimilar mentalmente; entender, compreender.
Não vejo o verbo "decorar" como sinônimo. Entretanto, continuamos a presenciar um processo que classifico como imutável por questões de magnitude superior, ou seja, os seres engajados de conhecimento, ditos professores, dificilmente ensinam o aluno a pensar.

Podem jogar os diplomas no lixo e de preferência numa cesta azul, assim recicla o papel. Não há necessidade de professores que só saibam reproduzir na lousa as fórmulas que podem ser obtidas por meio da leitura de qualquer livro didático. O interessante é que o estudante apático engole um maço de equações matemáticas, cuja origem tem um motivo, sem ao menos questionar. Seria engraçado se não fosse triste. Agora, eu pergunto: será que a escola inicia a formação de seres pensantes?! Se não, pra quê serve?

Certamente, o ato de ensinar a pensar é muito mais complicado do que parece na teoria. Complicado porque exige tempo, paciência, treino. O importante é desde cedo instigar o senso crítico por meio de questionamentos. Fomentar a não aceitação qualquer coisa imposta sem justificativa. A real compreensão de uma idéia parte do auto-convencimento. Se o aluno não consegue se convencer acaba caindo no mal do estudo decorativo. Caso não esqueça do assunto que decorou ainda assim será incapaz de resolver problemas mesmo que com leves variações dos quais decorou.

Novamente,
Quais são as fórmulas que eu preciso decorar?
Nenhuma se você tiver compreendido a essência do conteúdo.
Por fim, não serei injusta em dizer que nunca tive bons professores. Tive sim. Mas, continuo a dizer que é um evento disperso num conjunto de muitas situações dramáticas.

11 novembro 2010

Comentários dispersos

Tive uma idéia, não é brilhante, mas certamente será interessante para mim e quem sabe para meus “leitores anônimos”. Resolvi que vou destinar um dia da semana para escrever algo, uma resenha, crítica, curiosidade sobre física, já que sou estudante de graduação. E, este dia será sexta-feira, pois creio que terei mais flexibilidade. Prometo tentar tratar dos temas de maneira compreensiva e prazerosa. Sei que muita gente gosta de passar longe desta ciência, e, atribuo este fato a como a física tem sido ensinada nas escolas. Eu também demorei a gostar e cá estou estudante de física do penúltimo ano. Passou realmente muito rápido... Então, sexta-feira, venho concretizar minha proposta.

Outra coisa. Fiquei muito contente com dois convites de desenhos meus hospedados no site do DeviantArt para participar de uma galeria do site mesmo #ArtsExplore. Para conferir alguns de meus desenhos só clicar. Tenho conta no site desde 2005, mas as atualizações estão um tanto distantes no tempo. Ainda preciso colocar outros desenhos que tenho no computador...

Como o título da postagem sugere, nada específico hoje.

Editado (15.11) : O texto sobre física devo colocar na próxima sexta por motivos pessoais. :)

08 maio 2010

Sem pressão não há diamante.

Depois de tanto tempo senti novamente vontade de postar alguma coisa. Lembrei que o blog andava desatualizado já por algum tempo... e de certa forma, bastante tempo. A graduação está sugando minhas forças cada vez mais, tanto que mesmo estudando bastante ainda me são disponibilizadas algumas patadas. É tensa a situação. Espero que ano que vem seja um pouco mais light (com a disciplinas, porque ainda tem o tcc).
Na realidade, nem acredito que ano que vem me formo (se tudo der certo) como Física. Nossa, começou como um desafio e tornou-se um grande sonho de vida. Não posso negar que todo dia é uma grande batalha, mas acho que isso é o que motiva a continuar... saber que independente de tudo, é uma maneira de levar a vida. Ser Física.
Acho que por hoje é só... prova de quântica 1 segunda.
Hora de estudar :)

30 março 2010

18 janeiro 2010

- Mãe, Pai, Eu vou fazer Física!

A primeira, talvez, grande decisão que todo jovem tenha que escolher é a do curso que vai prestar para o vestibular. Não é tão simples como escolher entre catchup e maionese, mas não é o fim do mundo. A impressão que temos é que nós estamos decidindo todos os rumos de nosso próprio futuro, se vai dar certo ou não, em apenas alguns segundos que constam no preenchimento da ficha de inscrição para a prova do vestibular. Porém, ao ingressar na universidade começamos a enxergar as inúmeras possibilidades que são apresentadas pelo mundo, ou no mínimo, as oportunidades que o meio acadêmico pode oferecer. Há quem diga que certas profissões são destinadas a fracassados ou a pessoas com pouca perspectiva de uma vida com qualidade. Há quem diga também que há profissões que o tornarão milionário apenas por “portar” um diploma de ensino superior. As duas ideologias, particularmente a meu ver, são conseqüências de uma cega ilusão da realidade que descarta qualquer tipo de influência do ser pensante sobre a sua própria vida.

Quando decidi optar pelo curso de Física muito do que descrevi acima me foi dito com o objetivo de me “desviar” do caminho por mim escolhido. Quando decidi cursar Física eu não tinha a menor idéia de onde estava me inserindo. É claro, havia feito pesquisas sobre mercado de trabalho, grade curricular, perspectiva de salário etc. Mas nada do que pesquisei me mostrou realmente o que era fazer Física. Talvez eu estivesse procurando no local errado, pois somente a Universidade é capaz de mostrar a qualquer estudante de qualquer curso o que é de fato o curso. Desse modo, eu só vim descobrir o que era Física, e muito mais, o que era fazer Física, ser Física, quando eu ingressei no curso.

Não me decepcionei, pelo contrário, descobri que apesar de todos desacreditarem, há muito que fazer com um curso desses. Física é para quem ama Física e não para quem gosta como hobbie ou tem algum grau de simpatia. Uma das coisas mais belas do curso é quando você começa a enxergar que a Física não é uma mera ciência de livros que realmente as coisas são aplicadas. Quando você vê que seus estudos, e, principalmente, depois de páginas e mais páginas de conta, porque fazer Física, por certo ponto de vista, é fazer matemática com uma interpretação real, funcionam de acordo com a natureza. Isso é gratificante demais. Essa beleza não é qualquer um que sabe apreciar.

Como todas as verdades precisam ser ditas: é um curso difícil. Difícil, por quê? Exige que o aluno seja bastante disciplinado quanto aos estudos. Há disciplinas que de modo algum estudar de véspera irá funcionar, nem reza ajuda! Para quem acha que o vestibular é cansativo é porque não fez uma prova de métodos que para fazer cinco questões é preciso de pelo menos de três a quatro horas de prova sem intervalo para ‘pensar como resolver’. Mas não digo isso para assustar. É apenas uma das verdades. A outra verdade é que você aprende gradualmente todas as ferramentas que precisa para resolver os problemas mais complexos, ou seja, não adianta se descabelar ao ver uma equação mais elaborada como a famosa ‘equação de Schroedinger’ achando que é impossível aprender a resolvê-la. Com o tempo vai conhecendo mais e mais de modo que vai até achar simples algumas coisas que parecem ‘feias’.

Por fim dois mitos. Física não é, de forma alguma, coisa de doido. Não é só porque você não entende e não se esforça para entender que a Física seja a coisa mais difícil do mundo. É natural que por não ser um estudante de Física olhar equações “gigantes” e cheias de caracteres estranhos pode parecer muito difícil, mas não se engane... Se não entende é porque não tem as ferramentas necessárias para entender e se entendesse o curso de Física não existiria, pois as já pessoas nasceriam sabendo. E o segundo mito é “Nem todo estudante de Física é inteligente ou fazer Física não necessariamente demonstra inteligência”. Já ouvi muitos comentários de que quem faz Física é nerd, cdf, mas não é verdade. O Físico é uma profissão como qualquer outra, existem pessoas competentes e pessoas incompetentes. Não é só porque uma pessoa faz Física é que ela é inteligente. Se fosse por isso não existiriam tantos “quase-jubilados” na Universidade.
Espero ter expressado um pouco sobre idéias acerca do que é estudar a Natureza, fazer Física, ser estudante de Física. É claro que é muito, além disso, que escrevi por aqui, mas seria impossível descrever em poucas palavras a imensidão que o curso proporciona. Quem sabe um dia eu trate sobre a área de iniciação científica que ando envolvida. Um beijo para o Ramon que sugeriu este tema para o texto e um feliz aniversário para ele e para meu irmão hoje.
  • Ao som de This Way Out - John Pizzarelli.

11 novembro 2009

XXVII Encontro de Físicos do Norte e Nordeste

O Encontro de Físicos do Norte e Nordeste (EFNNE) é um tradicional e importante evento científico no país, agregando potencialmente a comunidade de físicos e estudantes de Física das regiões Norte e Nordeste. Este ano estará sendo realizada sua vigésima sétima edição, de forma ininterrupta, caracterizando um marco histórico para a Física do Brasil, em especial, para as regiões Norte e Nordeste. Neste evento, as oportunidades de intercâmbio científico entre os membros desta comunidade, através dos trabalhos apresentados nos diversos formatos, das discussões dos grupos de trabalho e das plenárias de caráter político-científico, além das oportunidades dos encontros informais entre os participantes durante o evento, têm proporcionado um crescimento contínuo, fundamental para o aprimoramento e construção do conhecimento nesta área da Ciência.

http://www2.ufpa.br/ppgf/efnne.htm


Enfim começou...
Comentários acerca do evento no Domingo!

Quem sou?

Tem dias que eu queria nunca ter parado de escrever. Quando eu vejo meu blog inativo for tanto tempo eu penso o quão distante eu estive de m...